Publicidade
Publicidade
22/08/2000
-
08h18
LUIZ FRANCISCO
da Folha de S.Paulo
Seis anos depois de renunciar ao mandato de deputado federal para escapar de uma eventual cassação, o ex-líder do PMDB na Câmara Genebaldo Correia está de volta à política.
Acusado de integrar a "máfia" do Orçamento, alvo de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) homônima, Correia é candidato à Prefeitura de Santo Amaro (71 km de Salvador) pelo mesmo PMDB, cidade onde iniciou sua carreira política e já foi prefeito (72-75).
Ao lado de outros cinco candidatos, Genebaldo Correia vai disputar os votos dos cerca de 40 mil eleitores de Santo Amaro.
De seu escritório político em Salvador, o ex-líder do PMDB na Câmara (91-93) coordena a sua campanha à Prefeitura de Santo Amaro, cidade natal de Caetano Veloso.
"Todos os dias vou ao município (Santo Amaro) para manter contato com os eleitores. Estou consciente da minha responsabilidade. Sei que preciso fazer uma administração marcante e revolucionária para apagar parte das injustiças que falaram sobre mim na época da CPI do Orçamento", disse o ex-líder do PMDB.
No final de 93, Genebaldo Correia foi acusado pelo economista José Carlos Alves dos Santos de integrar o esquema de corrupção da Comissão do Orçamento, na qual atuou de 86 a 91.
Durante as investigações, a CPI constatou que o ex-deputado federal movimentou mais de US$ 2 milhões em suas contas bancárias em apenas cinco anos. Segundo os integrantes da CPI, Genebaldo Correia "apresentava indícios veementes de enriquecimento ilícito" porque ele não teria rendimentos para tal movimentação.
"Sete anos depois, as acusações que fizeram contra mim não foram comprovadas", diz Genebaldo Correia.
Em seus comícios e contatos com eleitores, Correia sempre faz um desafio, quando é questionado sobre as acusações de desvio de recursos públicos.
"Deixo a vida política se alguém comprovar um ato por mim praticado que signifique o desvio de um centavo do dinheiro público no âmbito municipal, estadual ou federal", diz, ressaltando que não foi condenado pelas acusações.
Para Genebaldo Correia, acusações fazem parte da política. "Acusações existem, mas é consagrado internacionalmente o princípio de que qualquer cidadão deve ser considerado inocente até que se prove o contrário. E, sinceramente, não vejo motivo para ser excluído desse critério universal."
A candidatura de Correia é a segunda investida que o ex-deputado federal faz na política depois da renúncia. Em 98, ele disputou uma das 63 vagas para a Assembléia Legislativa da Bahia, mas não foi eleito. "Tive mais de 11 mil votos, o que para mim representou um ótimo recomeço."
Candidato pela coligação PMDB-PSDB-PSD-PRN-PSDC, Genebaldo Correia aguarda um posicionamento da Justiça sobre as denúncias levantadas pela CPI do Orçamento.
"O ex-deputado Ibsen Pinheiro já teve o seu processo arquivado por falta de provas. É o que também espero do meu julgamento", acrescentou o ex-parlamentar.
Também acusado de pertencer à "máfia" do Orçamento, o ex-deputado gaúcho Pinheiro, na época filiado ao PMDB, foi cassado pela Câmara.
Leia mais no especial Eleições Online.
Clique aqui para ler mais sobre política na Folha Online.
Discuta esta notícia nos Grupos de Discussão da Folha Online
Genebaldo Correia, acusado de corrupção, quer voltar à política
Publicidade
da Folha de S.Paulo
Seis anos depois de renunciar ao mandato de deputado federal para escapar de uma eventual cassação, o ex-líder do PMDB na Câmara Genebaldo Correia está de volta à política.
Acusado de integrar a "máfia" do Orçamento, alvo de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) homônima, Correia é candidato à Prefeitura de Santo Amaro (71 km de Salvador) pelo mesmo PMDB, cidade onde iniciou sua carreira política e já foi prefeito (72-75).
Ao lado de outros cinco candidatos, Genebaldo Correia vai disputar os votos dos cerca de 40 mil eleitores de Santo Amaro.
De seu escritório político em Salvador, o ex-líder do PMDB na Câmara (91-93) coordena a sua campanha à Prefeitura de Santo Amaro, cidade natal de Caetano Veloso.
"Todos os dias vou ao município (Santo Amaro) para manter contato com os eleitores. Estou consciente da minha responsabilidade. Sei que preciso fazer uma administração marcante e revolucionária para apagar parte das injustiças que falaram sobre mim na época da CPI do Orçamento", disse o ex-líder do PMDB.
No final de 93, Genebaldo Correia foi acusado pelo economista José Carlos Alves dos Santos de integrar o esquema de corrupção da Comissão do Orçamento, na qual atuou de 86 a 91.
Durante as investigações, a CPI constatou que o ex-deputado federal movimentou mais de US$ 2 milhões em suas contas bancárias em apenas cinco anos. Segundo os integrantes da CPI, Genebaldo Correia "apresentava indícios veementes de enriquecimento ilícito" porque ele não teria rendimentos para tal movimentação.
"Sete anos depois, as acusações que fizeram contra mim não foram comprovadas", diz Genebaldo Correia.
Em seus comícios e contatos com eleitores, Correia sempre faz um desafio, quando é questionado sobre as acusações de desvio de recursos públicos.
"Deixo a vida política se alguém comprovar um ato por mim praticado que signifique o desvio de um centavo do dinheiro público no âmbito municipal, estadual ou federal", diz, ressaltando que não foi condenado pelas acusações.
Para Genebaldo Correia, acusações fazem parte da política. "Acusações existem, mas é consagrado internacionalmente o princípio de que qualquer cidadão deve ser considerado inocente até que se prove o contrário. E, sinceramente, não vejo motivo para ser excluído desse critério universal."
A candidatura de Correia é a segunda investida que o ex-deputado federal faz na política depois da renúncia. Em 98, ele disputou uma das 63 vagas para a Assembléia Legislativa da Bahia, mas não foi eleito. "Tive mais de 11 mil votos, o que para mim representou um ótimo recomeço."
Candidato pela coligação PMDB-PSDB-PSD-PRN-PSDC, Genebaldo Correia aguarda um posicionamento da Justiça sobre as denúncias levantadas pela CPI do Orçamento.
"O ex-deputado Ibsen Pinheiro já teve o seu processo arquivado por falta de provas. É o que também espero do meu julgamento", acrescentou o ex-parlamentar.
Também acusado de pertencer à "máfia" do Orçamento, o ex-deputado gaúcho Pinheiro, na época filiado ao PMDB, foi cassado pela Câmara.
Clique aqui para ler mais sobre política na Folha Online.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice