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Pedro Simon defende Jarbas e diz que ambos são fundadores do velho PMDB
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) saiu nesta segunda-feira em defesa do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) que, em entrevista à revista "Veja", disse que a legenda é um "partido sem bandeiras, sem propostas nem norte" e a maioria dos seus integrantes "quer mesmo é a corrupção". Simon afirmou que Jarbas, como um dos fundadores do PMDB, tem autoridade para criticar atos da legenda com os quais não está de acordo.
"Eu sou favorável a falar, criticar. Se o partido tem alguma dúvida, que abra um processo. Mas acho que ninguém vai querer que ele [Jarbas] fale tudo o que sabe. O Jarbas, como eu, somos fundadores do velho PMDB. Nós temos que sair para eles ficarem? Eu me sinto muito bem dentro do PMDB", afirmou Simon em um recado para a cúpula do partido.
Simon disse que, apesar de não adotar o estilo que expõe as fragilidades da legenda, concorda com a maioria das críticas de Jarbas ao PMDB. "Não é o meu estilo nem o meu modo de agir, mas ele não fala apenas do PMDB, fala do PT, PTB, PSDB, de todos os partidos. A política brasileira é aquilo, a impunidade é um realidade", afirmou.
O senador disse discordar de Jarbas quando o peemedebista afirma, na entrevista, que vai apoiar o governador José Serra (PSDB-SP) para disputar a presidência da República em 2010 --uma vez que defende a candidatura própria do PMDB ao Palácio do Planalto.
Sobre a decisão da Executiva Nacional do PMDB de não impor punições a Jarbas pelas suas críticas ao partido, Simon disse que foi uma "estratégia" da cúpula da legenda para isolar o senador. "Isso foi de propósito. Ele [Jarbas] achava que podia chamar essas questões para o debate. Mas pedir para expulsá-lo por que? Por que ele disse algumas coisas que o partido não gostou?", questionou Simon.
A Folha Online apurou que a cúpula peemedebista decidiu colocar panos quentes na entrevista de Jarbas para tirar o senador dos holofotes --por isso anota classifica as afirmações do peemedebista de um "desabafo".
O partido não quer atritos com Jarbas publicamente para não fortalecê-lo perante a opinião pública. Nos bastidores, porém, integrantes do PMDB trabalham para enfraquecer Jarbas em Pernambuco --onde o peemedebista divide espaço político com o irmão do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), deputado Renildo Calheiros (PC do B-PE).
Críticas
Ao contrário de Simon, o senador Geraldo Mesquita (PMDB-AC) subiu à tribuna do Senado nesta segunda-feira para criticar a entrevista de Jarbas. O senador disse que, como Jarbas declarou que grande parte do PMDB está envolvida em corrupção, deve revelar os nomes dos corruptos --uma vez que ele próprio estaria sob suspeita diante da afirmação genérica do colega de partido.
Mesquita encaminhou carta a Jarbas na qual cobra explicações sobre as denúncias. "Faz-se necessário que o ilustre senador diga publicamente se tem conhecimento de fatos ou possui provas que possam sustentar que tal afirmação me alcança. Do contrário, peço que venha a público informar que ao conceder a entrevista já mencionada não pretendeu se referir a este colega que lhe escreve", disse Mesquita na carta encaminhada a Jarbas.
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Agora esta medida isoladamente não é suficiente. E´ extremamente necessário modificar o modelo de gerenciamento destas empresas de modo a definir metas, eficiencia e muita cobrança.
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