Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
08/07/2003 - 20h39

Lula assina decreto para transposição de águas no semi-árido

Publicidade

VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje que assinou um decreto para viabilizar a transposição de águas de rios para irrigação do semi-árido nordestino. O coordenador do projeto será o vice-presidente José de Alencar.

"Eu acabo de fazer um decreto nomeando o meu querido José de Alencar para coordenar um grupo de trabalho para fazer definitivamente a transposição das águas para o Nordeste brasileiro. Não vamos discutir se vai ser do rio São Francisco", afirmou o presidente para uma platéia que reuniu os cem maiores empresários brasileiros no lançamento da ONG Apoio Fome Zero.

A Apoio Fome Zero, uma organização de empresários comprometidos a ajudar financeiramente o projeto Fome Zero, tem a primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva como presidente de honra. Marisa, entretanto frustrou a expectativa dos convidados e não discursou na abertura oficial da instituição. Este é o primeiro cargo que a primeira-dama assume desde o início do governo Lula.

Faturamento

A soma do faturamento das empresas que participam do projeto é metade do PIB do Brasil, de acordo com o presidente-executivo da Apoio Fome Zero, o consultor Antoninho Marmo Trevisan.

"Se eu soubesse que o projeto Fome Zero fosse reunir o PIB que está aqui, eu teria me candidatado à presidência da ONG, e não da República", brincou o presidente.

Seca

Lula disse também que no Brasil as pessoas usam tecnologias equivocadas para discutir temas como a seca. Segundo o presidente, é preciso estabelecer políticas públicas de convivência com os fenômenos da natureza.

"O que a gente mais ouve nesse país é gente dizendo que é preciso acabar com a seca. Ninguém aqui nunca ouviu nenhum pronunciamento de um primeiro-ministro dizendo que é preciso combater a neve. Quem não vive a seca não tem a exata dimensão do que seja de fato a falta d'água. A fome não acabará por si só, nós temos que estender a mão a quem tem fome', disse.

Na saída do evento, o presidente mudou a declaração que deu pela manhã sobre a greve dos servidores públicos federais, quando disse que a paralisação só prejudicaria o andamento das reformas no Congresso se os deputados entrassem em greve.

Ao reafirmar que a greve é um direito universal dos trabalhadores, uma conquista secular, ele disse não saberia avaliar se a greve iria prejudicar o andamento das reformas. "Acho que as reformas estão vindo em benefício do próprio trabalhador. Nós estamos afirmando que há muito terreno para que as reformas possam possibilitar o quadro daqui a dez, 15 ou 20 anos, que o Estado brasileiro continue a pagar os benefícios aos trabalhadores", disse.

Lula declarou ainda que "nem mundo é obrigado a compreender as coisas do jeito que a gente fala". "Vamos ver o que vai acontecer. Nós estamos certos de que estamos fazendo a coisa correta. As reformas são um benefício para o povo brasileiro, para que no futuro, os nossos filhos e nossos netos, tenham seus direitos. Agora se não querem compreender assim, o problema que somente a própria categoria vai deliberar", disse.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página