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25/08/2000
-
19h51
FAUSTO SIQUEIRA
da Agência Folha, em Santos (SP)
Uma liminar concedida pela Justiça Eleitoral ao prefeito de Santos, Beto Mansur (PPB), impede o candidato tucano Edmur Mesquita de vincular o nome do prefeito, candidato à reeleição, ao do ex-juiz Nicolau dos Santos Neto nos programas do horário eleitoral da TV.
Com base em documentos supostamente produzidos pela CPI do Judiciário, Mesquita denunciou em seu programa, na última quarta-feira, que o ex-juiz e o empreiteiro Fábio Monteiro de Barros fizeram, entre 1993 e 1997, 80 telefonemas para o gabinete, a casa e o celular de Mansur.
Nicolau dos Santos Neto, procurado pela Polícia Federal, e Fábio Monteiro de Barros são os dois principais acusados no escândalo do desvio de R$ 169 milhões da obra superfaturada do prédio do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo.
Até as 16h de hoje, Mesquita, deputado estadual pelo PSDB, ainda não tinha sido notificado da liminar (decisão provisória), concedida pelo juiz eleitoral José Victor Teixeira de Freitas. Por isso, o programa da tarde do candidato tucano reproduziu as denúncias apresentadas na quarta-feira.
O advogado de Mesquita, Antonio Leopoldo Ferreira Lisboa, disse que recorrerá ao Tribunal Regional Eleitoral, em São Paulo, a fim de tentar cassar a liminar. Segundo ele, em seu despacho o juiz Freitas não fundamentou os motivos pelos quais concedeu a liminar.
Mansur ocupou parte de seu espaço no horário eleitoral para rebater as acusações de Mesquita. Ele nega ter tido relações com o juiz Nicolau e com Fábio Monteiro de Barros, embora admita conhecer o empresário.
O prefeito questiona a autenticidade da lista de telefonemas apresentada por Mesquita, que não possui timbre do Senado nem assinatura, e insinuou que o documento pode ter sido forjado.
O objetivo do PSDB ao concentrar os ataques em Mansur durante a campanha eleitoral é tentar alavancar a candidatura de Edmur Mesquita, quarto colocado com 5% das intenções de voto, segundo pesquisa do Datafolha no último dia 9. Telma de Souza (PT) lidera com 48%, e Mansur é o segundo, com 26%.
Leia, na Pensata, coluna de Kennedy Alencar sobre Romeu Tuma (PFL)
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Justiça de Santos proíbe PSDB de vincular prefeito a juiz Nicolau
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da Agência Folha, em Santos (SP)
Uma liminar concedida pela Justiça Eleitoral ao prefeito de Santos, Beto Mansur (PPB), impede o candidato tucano Edmur Mesquita de vincular o nome do prefeito, candidato à reeleição, ao do ex-juiz Nicolau dos Santos Neto nos programas do horário eleitoral da TV.
Com base em documentos supostamente produzidos pela CPI do Judiciário, Mesquita denunciou em seu programa, na última quarta-feira, que o ex-juiz e o empreiteiro Fábio Monteiro de Barros fizeram, entre 1993 e 1997, 80 telefonemas para o gabinete, a casa e o celular de Mansur.
Nicolau dos Santos Neto, procurado pela Polícia Federal, e Fábio Monteiro de Barros são os dois principais acusados no escândalo do desvio de R$ 169 milhões da obra superfaturada do prédio do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo.
Até as 16h de hoje, Mesquita, deputado estadual pelo PSDB, ainda não tinha sido notificado da liminar (decisão provisória), concedida pelo juiz eleitoral José Victor Teixeira de Freitas. Por isso, o programa da tarde do candidato tucano reproduziu as denúncias apresentadas na quarta-feira.
O advogado de Mesquita, Antonio Leopoldo Ferreira Lisboa, disse que recorrerá ao Tribunal Regional Eleitoral, em São Paulo, a fim de tentar cassar a liminar. Segundo ele, em seu despacho o juiz Freitas não fundamentou os motivos pelos quais concedeu a liminar.
Mansur ocupou parte de seu espaço no horário eleitoral para rebater as acusações de Mesquita. Ele nega ter tido relações com o juiz Nicolau e com Fábio Monteiro de Barros, embora admita conhecer o empresário.
O prefeito questiona a autenticidade da lista de telefonemas apresentada por Mesquita, que não possui timbre do Senado nem assinatura, e insinuou que o documento pode ter sido forjado.
O objetivo do PSDB ao concentrar os ataques em Mansur durante a campanha eleitoral é tentar alavancar a candidatura de Edmur Mesquita, quarto colocado com 5% das intenções de voto, segundo pesquisa do Datafolha no último dia 9. Telma de Souza (PT) lidera com 48%, e Mansur é o segundo, com 26%.
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