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07/08/2003
-
03h33
CARLOS HEITOR CONY
Colunista da Folha de S.Paulo
Ao dirigir durante mais de 70 anos, inicialmente um dos maiores jornais do Rio de Janeiro, e, mais tarde, o maior grupo de comunicação do Brasil e da América Latina, é natural que Roberto Marinho nem sempre tenha agradado a todos. Sua obstinada fidelidade ao jornalismo, contudo, foi maior, bem maior do que qualquer divergência ou incompreensão que tenha provocado na opinião pública nacional.
Nos tempos difíceis, logo após a morte de Irineu Marinho, que fundara "O Globo" vinte e um dias antes, ele valorizou antes de mais nada os profissionais que trabalhavam com seu pai. Era famosa a marmita em que ele comia na velha redação do jornal, no Largo da Carioca.
Foi um dos maiores nomes do empresariado brasileiro, mas nunca deixou de ser o jornalista, assombrosamente dotado de uma visão da notícia, do fato, da opinião. Daí sua participação no rádio e, posteriormente, na televisão, onde imprimiu um padrão de qualidade que ficará como um marco na história da comunicação de todo um continente. Soube trabalhar com amigos, um dos segredos de seu sucesso. Nos anos difíceis do regime autoritário, abrigou profissionais vetados pelos donos da situação.
Tornado poderoso pelo seu esforço, ele colocou o prestígio de seu nome e de suas empresas a serviço de causas humanitárias e culturais. Com toda a justiça, seu nome figurará sempre entre os maiores brasileiros de seu tempo. E a consagração que soube merecer constituirá o grande legado que ele deixou para sua família, para suas empresas e para a história do jornalismo brasileiro.
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Carlos Heitor Cony: Um grande legado
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Colunista da Folha de S.Paulo
Ao dirigir durante mais de 70 anos, inicialmente um dos maiores jornais do Rio de Janeiro, e, mais tarde, o maior grupo de comunicação do Brasil e da América Latina, é natural que Roberto Marinho nem sempre tenha agradado a todos. Sua obstinada fidelidade ao jornalismo, contudo, foi maior, bem maior do que qualquer divergência ou incompreensão que tenha provocado na opinião pública nacional.
Nos tempos difíceis, logo após a morte de Irineu Marinho, que fundara "O Globo" vinte e um dias antes, ele valorizou antes de mais nada os profissionais que trabalhavam com seu pai. Era famosa a marmita em que ele comia na velha redação do jornal, no Largo da Carioca.
Foi um dos maiores nomes do empresariado brasileiro, mas nunca deixou de ser o jornalista, assombrosamente dotado de uma visão da notícia, do fato, da opinião. Daí sua participação no rádio e, posteriormente, na televisão, onde imprimiu um padrão de qualidade que ficará como um marco na história da comunicação de todo um continente. Soube trabalhar com amigos, um dos segredos de seu sucesso. Nos anos difíceis do regime autoritário, abrigou profissionais vetados pelos donos da situação.
Tornado poderoso pelo seu esforço, ele colocou o prestígio de seu nome e de suas empresas a serviço de causas humanitárias e culturais. Com toda a justiça, seu nome figurará sempre entre os maiores brasileiros de seu tempo. E a consagração que soube merecer constituirá o grande legado que ele deixou para sua família, para suas empresas e para a história do jornalismo brasileiro.
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