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26/08/2003
-
19h57
KÁTIA BRASIL
da Agência Folha, em Manaus
Insatisfeitos com a política indigenista do governo Lula, lideranças da Amazônia e de outros estados do país iniciaram hoje uma campanha internacional em Defesa dos Direitos Indígenas, durante reunião com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, em Brasília.
Num documento assinado por 16 lideranças, os índios indicaram Antônio Apurinã à presidência da Funai (Fundação Nacional do Índio). O cargo está vago desde o último dia 15, quando o "Diário Oficial" da União publicou a exoneração do então presidente do órgão, Eduardo Almeida.
Os indígenas também cobraram maior agilidade do governo, clareza e determinação no atendimento das demandas como a homologação de terras indígenas com o processo de demarcação já concluído, como é o caso da Raposa/Serra do Sol, em Roraima.
"O governo Lula até agora não deu sinais significativos sobre qual será de fato a política indigenista que pretende adotar para começar a mudar os inúmeros problemas, que últimos meses tem se agravado, com invasões de terras indígenas e assassinatos", afirmou o índio saterê mauê Jecinaldo Cabral, coordenador geral da Coiab (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira).
Segundo suplemente de senador da atual ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o acreano Antônio Apurinã, de acordo com as lideranças, tem o melhor perfil para presidir a Funai, onde ele já exerce o cargo de diretor de Assistência. "Ele [Antônio Apurinã] seria um facilitador da construção das políticas públicas que hoje os povos indígenas reivindicam", afirmou Piná Tembé, da Articulação dos Povos Indígenas do Tronco Lingüístico Tupi.
Em junho, o ministro Thomaz Bastos esteve em Roraima e antecipou à Agência Folha que não iria rever a demarcação da terra indígena Raposa/Serra do Sol. O entrave é que o governador de Roraima, Flamarion Portela (PT), quer que, da área prevista de 1,75 milhão de hectares, sejam excluídos 400 mil hectares, onde ficam três cidades e plantações de arroz. Pela lei, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode assinar a homologação a qualquer momento.
Segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Justiça, Thomaz Bastos disse hoje aos índios que vai estudar a indicação de Antônio Apurinã à presidente da Funai. Mas, quanto à Raposa/Serra do Sol, disse que o governo ainda não tem uma decisão.
Índios sugerem Antônio Apurinã para a Funai
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da Agência Folha, em Manaus
Insatisfeitos com a política indigenista do governo Lula, lideranças da Amazônia e de outros estados do país iniciaram hoje uma campanha internacional em Defesa dos Direitos Indígenas, durante reunião com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, em Brasília.
Num documento assinado por 16 lideranças, os índios indicaram Antônio Apurinã à presidência da Funai (Fundação Nacional do Índio). O cargo está vago desde o último dia 15, quando o "Diário Oficial" da União publicou a exoneração do então presidente do órgão, Eduardo Almeida.
Os indígenas também cobraram maior agilidade do governo, clareza e determinação no atendimento das demandas como a homologação de terras indígenas com o processo de demarcação já concluído, como é o caso da Raposa/Serra do Sol, em Roraima.
"O governo Lula até agora não deu sinais significativos sobre qual será de fato a política indigenista que pretende adotar para começar a mudar os inúmeros problemas, que últimos meses tem se agravado, com invasões de terras indígenas e assassinatos", afirmou o índio saterê mauê Jecinaldo Cabral, coordenador geral da Coiab (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira).
Segundo suplemente de senador da atual ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o acreano Antônio Apurinã, de acordo com as lideranças, tem o melhor perfil para presidir a Funai, onde ele já exerce o cargo de diretor de Assistência. "Ele [Antônio Apurinã] seria um facilitador da construção das políticas públicas que hoje os povos indígenas reivindicam", afirmou Piná Tembé, da Articulação dos Povos Indígenas do Tronco Lingüístico Tupi.
Em junho, o ministro Thomaz Bastos esteve em Roraima e antecipou à Agência Folha que não iria rever a demarcação da terra indígena Raposa/Serra do Sol. O entrave é que o governador de Roraima, Flamarion Portela (PT), quer que, da área prevista de 1,75 milhão de hectares, sejam excluídos 400 mil hectares, onde ficam três cidades e plantações de arroz. Pela lei, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode assinar a homologação a qualquer momento.
Segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Justiça, Thomaz Bastos disse hoje aos índios que vai estudar a indicação de Antônio Apurinã à presidente da Funai. Mas, quanto à Raposa/Serra do Sol, disse que o governo ainda não tem uma decisão.
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