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07/01/2004
-
21h00
HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Campo Grande
A Presidência da Funai (Fundação Nacional do Índio) informou ontem, por meio de sua assessoria, que não enviará o indigenista Cláudio Romero para negociar com os índios das etnias guaranis e caiuás. Desde o dia 20, cerca de 3.000 índios invadiram oito fazendas em Japorã (464 km de Campo Grande), Mato Grosso do Sul, segundo a Funai e o MNP (Movimento Nacional de Produtores). Os guaranis e caiuás esperavam a chegada de Romero ainda nesta semana.
O delegado da Polícia Civil Joel Vicente dos Santos disse que na delegacia de Mundo Novo, cidade vizinha a Japorã, foram registradas apenas seis invasões até ontem. Os índios expulsaram pelo menos 15 funcionários das propriedades.
Os líderes dos índios disseram à Agência Folha, quando a reportagem esteve em duas fazendas invadidas na semana passada, que querem a presença de Romero por ele ter negociado conflitos anteriores na região.
A assessoria da Funai em Brasília informou que o indigenista, por uma decisão administrativa, ficou encarregado de trabalhar com xavantes em Mato Grosso.
Não está definido se será enviado outro técnico para ir até a região de conflito.
A administração da Funai em Amambai (393 km de Campo Grande) esperava que Romero chegasse ontem a Mato Grosso do Sul. O administrador Wilian Rodrigues afirmou que o clima é tenso na região.
Equipes das polícias Militar e Federal conversaram ontem com as lideranças indígenas, mas não têm controle da situação.
Os proprietários rurais não sabem a quem recorrer, disse o presidente do MNP, João Bosco Leal.
"É como se a região não fosse mais um pedaço do Brasil", afirmou ontem à Agência Folha o pecuarista Flávio Teles de Menezes, 58. A fazenda dele foi invadida anteontem. Ele disse que possui 2.300 cabeças de gado na área e não sabe qual será o destino do rebanho. "As porteiras estão abertas", afirmou.
Os índios querem a ampliação da aldeia Porto Lindo de 1.600 hectares para 9.400 hectares. Nessa área maior estão situadas as fazendas invadidas.
Funai não enviará representante para negociar com índios em MS
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da Agência Folha, em Campo Grande
A Presidência da Funai (Fundação Nacional do Índio) informou ontem, por meio de sua assessoria, que não enviará o indigenista Cláudio Romero para negociar com os índios das etnias guaranis e caiuás. Desde o dia 20, cerca de 3.000 índios invadiram oito fazendas em Japorã (464 km de Campo Grande), Mato Grosso do Sul, segundo a Funai e o MNP (Movimento Nacional de Produtores). Os guaranis e caiuás esperavam a chegada de Romero ainda nesta semana.
O delegado da Polícia Civil Joel Vicente dos Santos disse que na delegacia de Mundo Novo, cidade vizinha a Japorã, foram registradas apenas seis invasões até ontem. Os índios expulsaram pelo menos 15 funcionários das propriedades.
Os líderes dos índios disseram à Agência Folha, quando a reportagem esteve em duas fazendas invadidas na semana passada, que querem a presença de Romero por ele ter negociado conflitos anteriores na região.
A assessoria da Funai em Brasília informou que o indigenista, por uma decisão administrativa, ficou encarregado de trabalhar com xavantes em Mato Grosso.
Não está definido se será enviado outro técnico para ir até a região de conflito.
A administração da Funai em Amambai (393 km de Campo Grande) esperava que Romero chegasse ontem a Mato Grosso do Sul. O administrador Wilian Rodrigues afirmou que o clima é tenso na região.
Equipes das polícias Militar e Federal conversaram ontem com as lideranças indígenas, mas não têm controle da situação.
Os proprietários rurais não sabem a quem recorrer, disse o presidente do MNP, João Bosco Leal.
"É como se a região não fosse mais um pedaço do Brasil", afirmou ontem à Agência Folha o pecuarista Flávio Teles de Menezes, 58. A fazenda dele foi invadida anteontem. Ele disse que possui 2.300 cabeças de gado na área e não sabe qual será o destino do rebanho. "As porteiras estão abertas", afirmou.
Os índios querem a ampliação da aldeia Porto Lindo de 1.600 hectares para 9.400 hectares. Nessa área maior estão situadas as fazendas invadidas.
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