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07/01/2004
-
21h21
ADRIANA CHAVES
da Agência Folha
A CPT (Comissão Pastoral da Terra) divulgou hoje uma "nota de solidariedade" ao bispo de São Félix do Araguaia (MT), dom Pedro Casaldáliga, e à retomada da área de 165 hectares da fazenda Suyá-Missu por índios xavantes.
Os xavantes disputam as terras com cerca de 600 posseiros que invadiram a região e, segundo o presidente da CPT, dom Tomás Balduíno, "estão sendo manipulados por fazendeiros de soja e algodão, interessados na área".
Os índios estão acampados à margem da BR-158. Do outro lado da rodovia, estão os ocupantes. Uma ponte foi bloqueada e policiais militares e federais foram encaminhados ao local depois que Casaldáliga e funcionários da Funai (Fundação Nacional do Índio) começaram a receber ameaças de morte por apoiar o retorno dos xavantes à Suyá-Missu.
Temendo confronto, dom Tomás e o bispo da cidade de Goiás (GO) e representante da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Eugênio Rixen, visitaram o município no início da semana para apoiar a retomada da área pelos índios, que foram retirados do local na década de 60.
Em entrevista à Agência Folha ontem, o presidente da CPT disse temer um aumento da violência contra religiosos envolvidos na defesa dos direitos indígenas, depois que dois padres e um missionário foram feitos reféns em Boa Vista (RR).
"Se essa reação repercute em Suya-Missu e se abre em outras áreas, começa uma reação em cadeia que vai acabar de paralisar a política indigenista do governo se não houver uma decisão mais energética."
CPT divulga nota de solidariedade ao bispo Casaldáliga
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da Agência Folha
A CPT (Comissão Pastoral da Terra) divulgou hoje uma "nota de solidariedade" ao bispo de São Félix do Araguaia (MT), dom Pedro Casaldáliga, e à retomada da área de 165 hectares da fazenda Suyá-Missu por índios xavantes.
Os xavantes disputam as terras com cerca de 600 posseiros que invadiram a região e, segundo o presidente da CPT, dom Tomás Balduíno, "estão sendo manipulados por fazendeiros de soja e algodão, interessados na área".
Os índios estão acampados à margem da BR-158. Do outro lado da rodovia, estão os ocupantes. Uma ponte foi bloqueada e policiais militares e federais foram encaminhados ao local depois que Casaldáliga e funcionários da Funai (Fundação Nacional do Índio) começaram a receber ameaças de morte por apoiar o retorno dos xavantes à Suyá-Missu.
Temendo confronto, dom Tomás e o bispo da cidade de Goiás (GO) e representante da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Eugênio Rixen, visitaram o município no início da semana para apoiar a retomada da área pelos índios, que foram retirados do local na década de 60.
Em entrevista à Agência Folha ontem, o presidente da CPT disse temer um aumento da violência contra religiosos envolvidos na defesa dos direitos indígenas, depois que dois padres e um missionário foram feitos reféns em Boa Vista (RR).
"Se essa reação repercute em Suya-Missu e se abre em outras áreas, começa uma reação em cadeia que vai acabar de paralisar a política indigenista do governo se não houver uma decisão mais energética."
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