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23/01/2004
-
12h00
da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu na manhã desta sexta-feira, por telefone, o ministro da Educação, Cristovam Buarque (PT), que está em férias em Portugal. Cristovam se juntaria à comitiva de Lula, que hoje à noite viaja para a Índia. Já convidado, Tarso Genro (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) será seu substituto. O Ministério da Educação confirmou oficialmente a informação.
Chateado, Cristovam --que estava na embaixada brasileira em Lisboa quando foi demitido por Lula-- avaliou como "desconsideração" ser desligado do governo por telefone. Ele deve voltar a cumprir mandato de senador pelo Distrito Federal.
Ontem, o ex-ministro se disse "surpreso" com a possibilidade de deixar o cargo e chegou a mostrar uma lista de convênios na área de educação que assinaria na viagem presidencial à Índia.
Segundo o Ministério da Educação, no telefonema, por volta das 11h, Lula disse a Cristovam que precisaria do cargo porque pretende fazer uma reforma universitária e quer à frente uma pessoa que esteja fora do mundo acadêmico. Cristovam --que deve voltar ao Brasil no próximo domingo (25)-- foi convidado por Lula para, mesmo demitido, ir à Índia, mas recusou o convite.
Tapa
Nesta semana Lula disse aos novos ministros que tiraria Cristovam da equipe. Mas o vazamento da informação e o fato de Cristovam estar no exterior geraram indefinição até a noite de ontem, quando, em reunião no Planalto, o presidente disse a auxiliares que a decisão de trocar o ministro da Educação era irreversível.
Em tom de desabafo, Lula deu um tapa na mesa anteontem à noite, quando conversava com o novo ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos (PSB-PE). Disse que não agüentava mais "acadêmicos" no governo e que tiraria Cristovam. "Quero ministros para apresentar resultados, não para ficar com tese, com conversa. Por isso, estou pegando essa turma boa da Câmara", disse.
A "turma da Câmara" são os quatro novos ministros que Lula confirmou anteontem: Eunício nas Comunicações; Patrus Ananias (PT-MG) no novo superministério da área social; o líder do PSB na Câmara, Eduardo Campos (PE), na Ciência e Tecnologia; e o líder do governo na Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), na nova pasta da articulação política.
O presidente avalia que Cristovam é um bom formulador, mas um mau gestor. Por isso, quer tirá-lo do cargo. Ontem, o presidente disse que era hora de mostrar resultados e que a educação era uma área sensível. Como escolheu um ministro com experiência administrativa para a área social (Patrus é ex-prefeito de Belo Horizonte), Lula optou por Tarso, ex-prefeito de Porto Alegre, para o Ministério da Educação. As gestões de ambos são consideradas excelentes pelo PT.
Com Folha de S.Paulo
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu na manhã desta sexta-feira, por telefone, o ministro da Educação, Cristovam Buarque (PT), que está em férias em Portugal. Cristovam se juntaria à comitiva de Lula, que hoje à noite viaja para a Índia. Já convidado, Tarso Genro (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) será seu substituto. O Ministério da Educação confirmou oficialmente a informação.
Chateado, Cristovam --que estava na embaixada brasileira em Lisboa quando foi demitido por Lula-- avaliou como "desconsideração" ser desligado do governo por telefone. Ele deve voltar a cumprir mandato de senador pelo Distrito Federal.
Ontem, o ex-ministro se disse "surpreso" com a possibilidade de deixar o cargo e chegou a mostrar uma lista de convênios na área de educação que assinaria na viagem presidencial à Índia.
Segundo o Ministério da Educação, no telefonema, por volta das 11h, Lula disse a Cristovam que precisaria do cargo porque pretende fazer uma reforma universitária e quer à frente uma pessoa que esteja fora do mundo acadêmico. Cristovam --que deve voltar ao Brasil no próximo domingo (25)-- foi convidado por Lula para, mesmo demitido, ir à Índia, mas recusou o convite.
Tapa
Nesta semana Lula disse aos novos ministros que tiraria Cristovam da equipe. Mas o vazamento da informação e o fato de Cristovam estar no exterior geraram indefinição até a noite de ontem, quando, em reunião no Planalto, o presidente disse a auxiliares que a decisão de trocar o ministro da Educação era irreversível.
Em tom de desabafo, Lula deu um tapa na mesa anteontem à noite, quando conversava com o novo ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos (PSB-PE). Disse que não agüentava mais "acadêmicos" no governo e que tiraria Cristovam. "Quero ministros para apresentar resultados, não para ficar com tese, com conversa. Por isso, estou pegando essa turma boa da Câmara", disse.
A "turma da Câmara" são os quatro novos ministros que Lula confirmou anteontem: Eunício nas Comunicações; Patrus Ananias (PT-MG) no novo superministério da área social; o líder do PSB na Câmara, Eduardo Campos (PE), na Ciência e Tecnologia; e o líder do governo na Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), na nova pasta da articulação política.
O presidente avalia que Cristovam é um bom formulador, mas um mau gestor. Por isso, quer tirá-lo do cargo. Ontem, o presidente disse que era hora de mostrar resultados e que a educação era uma área sensível. Como escolheu um ministro com experiência administrativa para a área social (Patrus é ex-prefeito de Belo Horizonte), Lula optou por Tarso, ex-prefeito de Porto Alegre, para o Ministério da Educação. As gestões de ambos são consideradas excelentes pelo PT.
Com Folha de S.Paulo
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