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02/02/2004
-
09h50
da Folha de S. Paulo
Um dos sócios da empresa Cpem (Consultoria para Empresas e Municípios), Luiz Alberto Rodrigues, negou ter realizado transação financeira com a casa de câmbios Guarani, de Ciudad del Este, no Paraguai. Segundo ele, a Cpem nunca fez uma transação internacional. Rodrigues disse ser dono da Cpem desde 1985. A empresa está parada desde 1996, segundo ele. A seguir, trechos da entrevista.
Folha - A CPI localizou um depósito da Cpem para a Guarani Câmbios. Qual o motivo desse depósito?
Luiz Alberto Rodrigues - Como a Cpem paralisou há tempos, encerrou as atividades, a única coisa que a gente ficou sabendo numa época, [sobre a qual] eu já depus, foi um carro que nós compramos numa concessionária, numa revenda de veículos, e esse carro aí, o cheque, esses caras rolaram para algum lugar, entendeu? Por conta disso, mas a empresa nunca teve transação internacional.
Folha - Esse carro era avaliado em quanto?
Rodrigues - Eu não me lembro, porque já faz três anos que fui intimado, entendeu? Dois anos e pouco.
Folha - Qual a marca e o modelo?
Rodrigues - Ah, meu contador que levantou na época. Nós compramos vários carros de uma concessionária de São Bernardo. No momento, não sei qual carro. Aí teria que falar com o meu advogado, porque não tenho mais o detalhe disso. Quem fez o levantamento na época foram o contador e o advogado.
Folha - Nesse caso, qual foi a empresa de câmbio que atuou?
Rodrigues - Não teve casa de câmbio. Foi a concessionária.
Folha - A concessionária usou o cheque?
Rodrigues - É.
Folha - No caso da CPI, não se trata de cheque, se trata de um depósito em dinheiro.
Rodrigues - Não, isso não existe. Aí se você falar para mim, não conheço isso aí. Não conheço, não existe.
Folha - Talvez outros sócios poderiam ajudar a entender esse depósito. O depósito é de US$ 259 mil.
Rodrigues - Não, aí... Só sendo intimado [pela Justiça] mesmo. Eu não fui intimado, o Ribeiro [o outro sócio, José Araújo] não foi intimado. Você tem informação privilegiada, eu não tenho.
Folha - Você oficialmente não recebeu nenhum...
Rodrigues - Nada disso [comunicação] veio para mim.
Folha - O sr. conheceu ou se relacionou com alguém da Guarani Câmbios?
Rodrigues - Desconheço. Nunca ouvi falar de Guarani Câmbios.
Folha - Os srs. fizeram algum depósito em Foz do Iguaçu?
Rodrigues - Não. Nosso negócio era em São Paulo, só.
Folha - Nunca se relacionou com ninguém em Foz?
Rodrigues - Não.
Folha - Como está hoje a Cpem?
Rodrigues - Fechada.
Folha - Por que motivo, o que aconteceu?
Rodrigues - Porque ela perdeu vários contratos e paralisou. Só temos ações [judiciais] hoje. Como os órgãos públicos não pagavam, na época anterior à Lei de Responsabilidade Fiscal, todo mundo dava calote. A empresa não conseguiu agüentar e paralisou. Muitos calotes. Temos várias ações ganhas contra eles.
Folha - Sobre as denúncias do passado, na década de 90, o que o sr. tem a dizer a respeito daquelas alegações.
Rodrigues - [As denúncias] foram armação, por isso a empresa quebrou. Ninguém mais pagou. Foi só isso aí. Mas isso é coisa do passado, viu? Isso já foi uma coisa cansativa, destruiu a empresa, eu não queria tocar em mais nada disso.
Estou deixando para a Justiça todas as ações que ganhamos. Ganhamos tudo. Contra os devedores e contra os que usaram de má-fé de uma reportagem sem fundamento, o que foi provado na Justiça.
Sócio da empresa diz desconhecer casa de câmbio
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Um dos sócios da empresa Cpem (Consultoria para Empresas e Municípios), Luiz Alberto Rodrigues, negou ter realizado transação financeira com a casa de câmbios Guarani, de Ciudad del Este, no Paraguai. Segundo ele, a Cpem nunca fez uma transação internacional. Rodrigues disse ser dono da Cpem desde 1985. A empresa está parada desde 1996, segundo ele. A seguir, trechos da entrevista.
Folha - A CPI localizou um depósito da Cpem para a Guarani Câmbios. Qual o motivo desse depósito?
Luiz Alberto Rodrigues - Como a Cpem paralisou há tempos, encerrou as atividades, a única coisa que a gente ficou sabendo numa época, [sobre a qual] eu já depus, foi um carro que nós compramos numa concessionária, numa revenda de veículos, e esse carro aí, o cheque, esses caras rolaram para algum lugar, entendeu? Por conta disso, mas a empresa nunca teve transação internacional.
Folha - Esse carro era avaliado em quanto?
Rodrigues - Eu não me lembro, porque já faz três anos que fui intimado, entendeu? Dois anos e pouco.
Folha - Qual a marca e o modelo?
Rodrigues - Ah, meu contador que levantou na época. Nós compramos vários carros de uma concessionária de São Bernardo. No momento, não sei qual carro. Aí teria que falar com o meu advogado, porque não tenho mais o detalhe disso. Quem fez o levantamento na época foram o contador e o advogado.
Folha - Nesse caso, qual foi a empresa de câmbio que atuou?
Rodrigues - Não teve casa de câmbio. Foi a concessionária.
Folha - A concessionária usou o cheque?
Rodrigues - É.
Folha - No caso da CPI, não se trata de cheque, se trata de um depósito em dinheiro.
Rodrigues - Não, isso não existe. Aí se você falar para mim, não conheço isso aí. Não conheço, não existe.
Folha - Talvez outros sócios poderiam ajudar a entender esse depósito. O depósito é de US$ 259 mil.
Rodrigues - Não, aí... Só sendo intimado [pela Justiça] mesmo. Eu não fui intimado, o Ribeiro [o outro sócio, José Araújo] não foi intimado. Você tem informação privilegiada, eu não tenho.
Folha - Você oficialmente não recebeu nenhum...
Rodrigues - Nada disso [comunicação] veio para mim.
Folha - O sr. conheceu ou se relacionou com alguém da Guarani Câmbios?
Rodrigues - Desconheço. Nunca ouvi falar de Guarani Câmbios.
Folha - Os srs. fizeram algum depósito em Foz do Iguaçu?
Rodrigues - Não. Nosso negócio era em São Paulo, só.
Folha - Nunca se relacionou com ninguém em Foz?
Rodrigues - Não.
Folha - Como está hoje a Cpem?
Rodrigues - Fechada.
Folha - Por que motivo, o que aconteceu?
Rodrigues - Porque ela perdeu vários contratos e paralisou. Só temos ações [judiciais] hoje. Como os órgãos públicos não pagavam, na época anterior à Lei de Responsabilidade Fiscal, todo mundo dava calote. A empresa não conseguiu agüentar e paralisou. Muitos calotes. Temos várias ações ganhas contra eles.
Folha - Sobre as denúncias do passado, na década de 90, o que o sr. tem a dizer a respeito daquelas alegações.
Rodrigues - [As denúncias] foram armação, por isso a empresa quebrou. Ninguém mais pagou. Foi só isso aí. Mas isso é coisa do passado, viu? Isso já foi uma coisa cansativa, destruiu a empresa, eu não queria tocar em mais nada disso.
Estou deixando para a Justiça todas as ações que ganhamos. Ganhamos tudo. Contra os devedores e contra os que usaram de má-fé de uma reportagem sem fundamento, o que foi provado na Justiça.
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