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Roseana diz que seu pai é o "bode expiatório" do Senado
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MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília
A governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), afirmou nesta quarta-feira que seu pai, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), é o "bode expiatório" da vez.
"Essas denúncias não são de agora. Acredito que meu pai esteja sendo um bode expiatório. Acho que a crise é responsabilidade de todos os senadores. Eu me incluo porque já fui senadora. [...] Dizem no Maranhão que dance quem dance quem dá pulo é José."
Roseana evitou, no entanto, comentar sobre o possível afastamento de Sarney do comando do Senado. "Estamos do lado dele, acho que ele tem maturidade e experiência para decidir sobre isso. Ele é uma figura importante para o Senado e para o Brasil."
A bancada do PT no Senado se reúne nesta quarta-feira com Sarney, na residência do peemedebista, para discutir sobre seu possível afastamento. Roseana deixou o local para realizar uma consulta médica.
Após duas horas de reunião, o PT adiou para hoje uma definição se vai apoiar ou pedir o afastamento do presidente do Senado. DEM, PSDB e PDT pediram o licenciamento do político, envolvido em escândalos na Casa.
Segundo o líder do PT, Aloizio Mercadante (SP), o partido vai apresentar a Sarney propostas para contornar a crise que arranha a imagem da instituição. Para a oposição, o afastamento é importante para dar credibilidade às investigações.
Em sua única manifestação oficial ontem, a assessoria do peemedebista informou que "a hipótese de afastamento não está em análise". Sarney presidiu a sessão pela manhã no Senado, mas não a da tarde, como estava previsto.
No entanto, segundo o blog do Josias, Sarney chamou ontem à sua residência, no Lago Sul, os três filhos: Roseana, Zequinha e Fernando e, pela primeira vez, cogitou deixar o comando da Casa.
Os três partidos que pediram o afastamento de Sarney têm 32 dos 81 senadores --menos do que os 41 necessários para votar a cassação de um mandato. Entre os aliados, ele conta com 17 dos 19 votos no PMDB a seu favor. Com sete senadores, o PTB fechou questão em apoio a Sarney. O PT, com 12, está dividido.
A principal sugestão do PT para contornar a crise é a criação de uma comissão de senadores de vários partidos e consultores da Casa que busque uma reforma administrativa em conjunto com a Mesa Diretora.
Os petistas querem propor a criação de uma espécie de Lei de Responsabilidade Fiscal com metas para serem seguidas, incluindo a redução de despesas, além de estabelecer mecanismos de controle e definir o fechamento de departamentos do Senado, como o ILB (Instituto Legislativo Brasileiro) e o serviço médico.
A líder do governo no Congresso, Ideli Salvatti (PT-SC), disse que Sarney é um dos que têm culpa pelos desmandos administrativos, mas "não pode ser o único responsabilizado". Para Aloisio Mercadante (SP), líder do partido, o objetivo é "discutir uma proposta para colocar em funcionamento o Senado, reconstruindo a instituição".
A pressão pela saída de Sarney aumentou depois da descoberta que seu neto é dono de uma empresa que negocia contratos de empréstimos consignados com funcionários do Senado. Vários parentes de Sarney foram empregados em gabinetes de outros senadores por meio de nomeações em atos secretos.
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Quer dizer que apesar de ser funcionário "público" eles não querem estar sob controle. Demitam todos e ai eles vão ver como era bom ser funcionário público.
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Esta promessa de ponto eletronicao é como a de reforma administrativa no Senado, se o Senado fosse uma empresa ja teria quebrado, sua eficiencia é vergonha para os cidadãos.
Se nosso sistema politico exigisse um numero minimo de votos sem os quais nao se elegeriam um politico poderiamos ter uma camara com 500, ou com 400, ou 300 ou 200 representaantes.
O ex presidente deveria se retirar para Ilha do Calhau e rezar para que o país o esquecesse.
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