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MPF encaminha à PGR depoimento de empresário que participou da campanha de Yeda
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FLÁVIO ILHA
colaboração para a Agência Folha, em Porto Alegre
ESTELITA CARAZZAI
da Agência Folha
O Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul enviou à Procuradoria Geral da República ofício com depoimento do empresário Lair Ferst, que participou da campanha eleitoral da governadora Yeda Crusius (PSDB) em 2006, em que ele aponta supostos atos de corrupção praticados por integrantes do governo gaúcho.
A informação foi divulgada ontem pelo jornal "Zero Hora", que teve acesso a 12 das 13 páginas do documento, enviado a Brasília em abril, e publicou trechos do depoimento.
A Procuradoria da República no Rio Grande do Sul divulgou nota em que condena a divulgação de dados sigilosos sob investigação. O órgão não negou nem confirmou a autenticidade do documento. A Procuradoria Geral da República não se manifestou a respeito.
No relato, Ferst lista uma série de 20 denúncias envolvendo integrantes do governo gaúcho. No total, mais de 30 pessoas ou empresas são citadas.
Ferst afirma que Yeda negociou diretamente o recebimento de propina com os operadores de uma fraude no Detran-RS, que desviou cerca de R$ 44 milhões dos cofres públicos gaúchos. A governadora não aceitou um pagamento de R$ 50 mil, segundo Ferst, porque considerou o valor insuficiente.
Desde o início da crise política no Rio Grande do Sul, Yeda tem negado envolvimento em atos de corrupção.
O depoimento de Ferst cita a existência de doações financeiras sem recibo para a campanha da então candidata.
O documento lista várias doações sem recibo, que totalizam R$ 1,4 milhão.
Segundo Ferst, o dinheiro não contabilizado era recebido por Marcelo Cavalcante --ex-representante do governo gaúcho em Brasília e que foi encontrado morto em fevereiro-- e administrado pela secretária particular da governadora, Walna Meneses.
As declarações de Ferst também reabrem a polêmica sobre a compra da casa da governadora. Ferst afirma que o imóvel custou R$ 1 milhão, e não os R$ 750 mil declarados por Yeda Crusius. Segundo ele, a diferença de R$ 250 mil teria sido paga em "dinheiro e por fora".
Em outro momento, o empresário relata que o então marido da governadora e um dos coordenadores da campanha, Carlos Crusius, pegava dinheiro vivo no comitê e levava para casa.
Yeda não comentou o teor do documento. Em nota oficial, o governo gaúcho disse que não há nada de novo no depoimento e que as supostas denúncias são fatos já mencionados no passado, "sem qualquer comprovação, com o claro objetivo de criar dúvida e estabelecer desconfiança na relação do governo com a sociedade".
Em relação à compra da casa, a nota reafirma que o fato foi investigado pelo Ministério Público Estadual, "que determinou o arquivamento da investigação dado a legalidade comprovada pela análise da farta documentação disponibilizada pela governadora".
O advogado Yeda, José Eduardo Alckmin, não quis comentar. O advogado de Lair Ferst, Lúcio de Constantino, disse que estava "surpreso" com a divulgação da carta, mas não negou nem confirmou a existência do documento.
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