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16/03/2004 - 12h33

Senado convida direção da Caixa para falar de contrato com Gtech

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CAMILO TOSCANO
da Folha Online, em Brasília

A CFC (Comissão de Fiscalização e Controle) do Senado aprovou hoje um requerimento convidando diretores da Caixa Econômica Federal (CEF) para prestarem esclarecimentos sobre a renovação do contrato do banco com a multinacional Gtech para controle das loterias no país.

Foram convidados o presidente da CEF, Jorge Mattoso, o vice-presidente de Logística, Paulo Bretas, o vice-presidente de Controladoria, João Dornelles, e o ex-vice-presidente de Logística, Mário Haag. Ontem, o senador José Jorge (PFL-PE) apresentou requerimento para convidar os mesmos dirigentes da CEF para virem à CAE (Comissão de Assuntos Econômicos).

Mattoso já confirmou presença, na próxima terça (23), ás 10h. Na mesma hora, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, estará na CAE. Por se tratar de um convite, cabe aos diretores marcar o dia e hora em que pretendem comparecer. Podem, inclusive, recusar o convite, o que não é comum acontecer.

Contrato

A prorrogação do contrato por 25 meses foi acertada em abril do ano passado e teria sido prejudicial à CEF. Em depoimento à Polícia Federal no inquérito que investiga a atuação de Waldomiro Diniz no primeiro ano de governo Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-vice-presidente de Logística Mário Haag entregou documento que revelaria que a CEF teria condições de assumir 25% dos serviços prestados pela Gtech, o que reduziria o preço do contrato, de R$ 700 milhões.

As investigações da PF apontam para uma intermediação de Waldomiro --na época ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil-- na renovação do contrato da CEF com a Gtech. Waldomiro apresentou o empresário do jogo Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, ao ex-presidente e ao ex-diretor de Marketing da multinacional --Antonio Carlos Rocha e Marcelo Rovai, respectivamente.

O ex-assessor da Casa Civil teria indicado também Rogério Buratti --que assessorou Antonio Palocci quando era prefeito de Ribeirão Preto-- para ser contratado pela Gtech como consultor. A consultoria seria um dos requisitos para a prorrogação do contrato CEF-Gtech.

Outro lado

Em nota divulgada no último sábado, a Caixa Econômica Federal diz que, durante as negociações com a Gtech, não houve qualquer interferência externa. o vice-presidente do banco, Paulo Bretas, que coordenou a equipe técnica que negociou o contrato, disse que conhece e nunca teve contato com Waldomiro Diniz ou algum emissário seu.

A nota diz ainda que a Caixa conseguiu um desconto de 15% no aditamento por 25 meses (com cláusula de redução para 18 meses) do contrato com a Gtech, assinado em maio de 2000, representando uma economia de mais de R$ 100 milhões para o banco.
 

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