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23/07/2009 - 12h35

Sarney ainda conta com apoio de 45 parlamentares no Senado, avaliam aliados

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MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília

Pressionado a deixar o cargo, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), sinalizou a aliados que não pretende tomar nenhuma decisão sobre sua permanência antes do fim do recesso parlamentar em agosto. Sarney resiste em se afastar e garante que tem sustentação política na Casa. Segundo o mapeamento realizado por aliados, o peemedebista ainda contabiliza o apoio de 45 senadores.

A preocupação dos aliados do presidente do Senado, no entanto, é se esses apoios serão confirmados tendo em vista que pelo menos 30 desses senadores vão passar por um recall nas urnas na disputa eleitoral de 2010. O receio é que eles sejam cobrados pela sustentação do peemedebista e recuem.

Este foi o segundo levantamento feito pelos aliados de Sarney desde que surgiram os pedidos para que ele se afastasse temporariamente do comando do Senado e registra uma queda no número de apoio. No início da crise política, Sarney avaliava que, mesmo com a ofensiva do DEM, PSDB, PDT e PSOL --que cobraram publicamente sua saída--, contava com o apoio de 54 dos 81 senadores da Casa.

Os números reforçam a ideia dos senadores ligados a Sarney de trabalhar para enterrar as denúncias contra o presidente do Senado no Conselho de Ética da Casa. Por lá, o cenário seria de nove votos favoráveis ao peemedebista contra seis pela abertura de processo para investigar se houve quebra de decoro parlamentar --sem contar que o colegiado está nas mãos do senador Paulo Duque (PMDB-RJ), que tem a prerrogativa do cargo de poder arquivar sumariamente as denúncias.

Sarney coleciona quatro denúncias e uma representação no Conselho de Ética. A última reclamação leva em consideração a divulgação de áudios de interceptações telefônicas realizadas pela Polícia Federal que indicariam que Sarney negociou a contratação de Henrique Dias Bernardes, namorado de sua neta, para integrar o quadro de servidores da Casa.

Ele também já foi denunciado pelos atos secretos, pela suspeita de que teria interferido a favor de um neto que intermediava operações de crédito consignado para servidores do Senado e também pela acusação de ter usado o cargo para interferir a favor da fundação que leva seu nome.

A estratégia dos senadores próximos ao presidente do Senado é enterrar parte das denúncias utilizando o regimento do Conselho de Ética. De acordo com as normas do conselho, as denúncias devem ser arquivadas quando os "fatos relatados forem referentes ao período anterior ao mandato".

Das cinco denúncias entregues ao conselho contra o peemedebista, três têm como foco fatos que ocorreram antes de Sarney ser reeleito em 2006, o que serviria de argumento para Duque não avançar nas investigações.

Segundo os aliados, Sarney resiste em permanecer no cargo porque que tem prestígio entre os colegas e por acreditar que boa parte dos colegas tenderia a absolvê-lo porque já esteve envolvida em situação semelhante. Em conversas reservadas, Sarney tem dito que se afastar da presidência seria humilhante.

Comentários dos leitores
Freddy Grandke (250) 02/02/2010 10h27
Freddy Grandke (250) 02/02/2010 10h27
"servidores que ameaçam recorrer à Justiça contra a implantação do novo sistema por meio do Sindilegis (Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo e do Tribunal de Contas da União)".
Quer dizer que apesar de ser funcionário "público" eles não querem estar sob controle. Demitam todos e ai eles vão ver como era bom ser funcionário público.
sem opinião
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Washington Marques (129) 02/02/2010 09h57
Washington Marques (129) 02/02/2010 09h57
A Galera que vai trabalhar na campanha dos senadores para a releição ficaram fora do ponto eletronico. No Senado Federal, quanto maior o cargo do funcionário e do Senador, é que a fiscalização tem que ser maior, uma vez que na rede da tranbicagem peixe pequeno não entra. sem opinião
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Plinio Vieira Soares (2) 01/02/2010 22h54
Plinio Vieira Soares (2) 01/02/2010 22h54
É lamentavel que o ex presidente Jose Sarney nao tenha o menor apesso pela sua biografia; Um politico sem carisma, que para se manter no poder negociou com todos os governos possiveis e aceitou as maiores torpezas podia ao menos na velhice respeitar o papel de homem da transiçao democratica e nao terminar assim como uma das maiores vergonhas da classe politica.
Esta promessa de ponto eletronicao é como a de reforma administrativa no Senado, se o Senado fosse uma empresa ja teria quebrado, sua eficiencia é vergonha para os cidadãos.
Se nosso sistema politico exigisse um numero minimo de votos sem os quais nao se elegeriam um politico poderiamos ter uma camara com 500, ou com 400, ou 300 ou 200 representaantes.
O ex presidente deveria se retirar para Ilha do Calhau e rezar para que o país o esquecesse.
sem opinião
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