Publicidade
Publicidade
15/05/2004
-
17h24
da Folha Online
Publicitário responsável pela campanha que elegeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Duda Mendonça afirmou neste sábado que a polêmica sobre a expulsão do jornalista do "New York Times" do país "arranhou" a imagem do governo, mas não trará prejuízos ao PT nas eleições municipais.
"O fato já passou, mas arranha [a imagem do governo]. Não é coisa relevante, tem muita coisa para acontecer, e o julgamento será lá na frente", disse, no encerramento da Conferência Nacional Eleitoral que o PT promoveu em São Paulo.
Em outro momento do evento, o publicitário afirmou que "não fez pesquisa para saber" se houve prejuízo.
Ontem, após uma semana de polêmica, o governo brasileiro recuou e revogou o cancelamento do visto temporário do correspondente do "NYT" Larry Rohter determinado na quarta-feira. A revisão da decisão foi decorrente de uma carta enviada por advogados de Rohter ao Palácio do Planalto, na qual afirmava que não teve a intenção de ofender o presidente.
Larry Rohter foi o autor de reportagem na qual afirma que a população estaria preocupada com o suposto hábito de abusar de bebidas alcoólicas do presidente.
Desculpas
O presidente do PT, José Genoino, afirmou ao chegar ao evento que a carta do jornalista foi "um pedido de desculpas".
"Uma carta como aquela, enviada ao governo resolveu o problema. É uma questão política. Um jornalista que pede desculpas, dizendo que não quis ofender, resolve o problema", disse.
Retratação
Na carta enviada ao Palácio do Planalto, o jornalista "declara jamais ter tido a intenção de ofender a honra do Excelentíssimo Senhor Presidente da República, a quem já pôde até mesmo entrevistar em algumas ocasiões, e reafirma seu grande afeto pelo Brasil e seu profundo respeito às instituições democráticas brasileiras, incluindo a Presidência da República".
Diz ainda que "manifesta sua preocupação, por entender que a versão de seu texto para o português não é fidedigna, o que pode ter causado a ampliação do mal-entendido".
O requerimento de revisão da decisão tem quatro páginas e é assinado por três advogados. No texto, não há nenhum pedido expresso de desculpas.
Após o envio da carta, o ministro Thomaz Bastos, que desembarcou ontem em São Paulo após viagem à Suíça, negociou por telefone o recuo com Lula --que também está em SP. A senadores, Lula já havia admitido durante a semana rever sua decisão caso o jornal se retratasse.
Em entrevista, ontem, na capital paulista, Thomaz Bastos afirmou que "juridicamente a retratação é consistente e por isso o governo decidiu revigorar o visto".
STJ
O ministro Francisco Peçanha Martins, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), disse que a decisão do Palácio do Planalto faz cessar o processo em curso no tribunal.
Ele havia concedido salvo-conduto para que o jornalista permanecesse no país. "Desaparecendo o ato, não será mais necessário o salvo-conduto. Ele deixa de existir", afirmou.
Leia mais
Entenda a polêmica sobre a reportagem do "NYT"
Veja a íntegra do pedido de reconsideração do jornalista do "NYT"
Polêmica do "NYT" arranhou imagem do governo, diz Duda Mendonça
Publicidade
Publicitário responsável pela campanha que elegeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Duda Mendonça afirmou neste sábado que a polêmica sobre a expulsão do jornalista do "New York Times" do país "arranhou" a imagem do governo, mas não trará prejuízos ao PT nas eleições municipais.
"O fato já passou, mas arranha [a imagem do governo]. Não é coisa relevante, tem muita coisa para acontecer, e o julgamento será lá na frente", disse, no encerramento da Conferência Nacional Eleitoral que o PT promoveu em São Paulo.
Em outro momento do evento, o publicitário afirmou que "não fez pesquisa para saber" se houve prejuízo.
Ontem, após uma semana de polêmica, o governo brasileiro recuou e revogou o cancelamento do visto temporário do correspondente do "NYT" Larry Rohter determinado na quarta-feira. A revisão da decisão foi decorrente de uma carta enviada por advogados de Rohter ao Palácio do Planalto, na qual afirmava que não teve a intenção de ofender o presidente.
Larry Rohter foi o autor de reportagem na qual afirma que a população estaria preocupada com o suposto hábito de abusar de bebidas alcoólicas do presidente.
Desculpas
O presidente do PT, José Genoino, afirmou ao chegar ao evento que a carta do jornalista foi "um pedido de desculpas".
"Uma carta como aquela, enviada ao governo resolveu o problema. É uma questão política. Um jornalista que pede desculpas, dizendo que não quis ofender, resolve o problema", disse.
Retratação
Na carta enviada ao Palácio do Planalto, o jornalista "declara jamais ter tido a intenção de ofender a honra do Excelentíssimo Senhor Presidente da República, a quem já pôde até mesmo entrevistar em algumas ocasiões, e reafirma seu grande afeto pelo Brasil e seu profundo respeito às instituições democráticas brasileiras, incluindo a Presidência da República".
Diz ainda que "manifesta sua preocupação, por entender que a versão de seu texto para o português não é fidedigna, o que pode ter causado a ampliação do mal-entendido".
O requerimento de revisão da decisão tem quatro páginas e é assinado por três advogados. No texto, não há nenhum pedido expresso de desculpas.
Após o envio da carta, o ministro Thomaz Bastos, que desembarcou ontem em São Paulo após viagem à Suíça, negociou por telefone o recuo com Lula --que também está em SP. A senadores, Lula já havia admitido durante a semana rever sua decisão caso o jornal se retratasse.
Em entrevista, ontem, na capital paulista, Thomaz Bastos afirmou que "juridicamente a retratação é consistente e por isso o governo decidiu revigorar o visto".
STJ
O ministro Francisco Peçanha Martins, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), disse que a decisão do Palácio do Planalto faz cessar o processo em curso no tribunal.
Ele havia concedido salvo-conduto para que o jornalista permanecesse no país. "Desaparecendo o ato, não será mais necessário o salvo-conduto. Ele deixa de existir", afirmou.
Leia mais
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice