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Jobim diz que prazo para entrega das propostas de caças pode ser prorrogado
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CIRILO JUNIOR
da Folha Online, no Rio
O ministro Nelson Jobim (Defesa) admitiu nesta sexta-feira que o prazo para a entrega das propostas de aviões caças, inicialmente previsto para o dia 21 de setembro, poderá ser prorrogado pela FAB (Força Aérea Brasileira).
Jobim evitou comentar a proposta sueca, que oferece dois caças pelo preço de um. "Estou sabendo disso por vocês [da imprensa], cada dia com sua agonia", disse ele durante o lançamento dos jogos mundiais militares, que serão realizados no Rio de Janeiro em 2011.
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O ministro destacou que a escolha será feita pela Aeronáutica. Questionado sobre se a oferta sueca é vantajosa, ele ironizou. "Isso aí é aquilo... Vendas casadas? Você compra uma garrafa de cerveja e ganha quatro de guaraná."
Ontem, o vice-ministro de Defesa da Suécia, Hakan Jevrell, afirmou que seu país "não está buscando compradores, mas parceiros" para o caça Gripen. A Suécia disputa a licitação do Brasil para a compra de 36 caças. Disputam a licitação ainda os norte-americanos e os franceses. O Brasil sinalizou preferência pelos franceses.
Segundo Jevrell, caso opte pela proposta sueca, o Brasil poderá comprar o dobro de aviões pelo preço de um, oferecido pelos concorrentes. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ironizou a disputa entre os países pelos caças e disse que daqui a pouco o país conseguiria os caças "de graça".
Ao anunciar, no último Sete de Setembro, o início de negociações com a França, Lula citou o compromisso de transferência de tecnologia. A embaixada americana rebateu Lula e divulgou nota se comprometendo a transferir tecnologia ao país para fechar o contrato com os caças.
O vice-ministro garantiu que a Suécia e a Saab, empresa fabricante do caça Gripen NG, estão 100% comprometidas com a transferência de tecnologia para o Brasil. "Não buscamos um comprador. Buscamos uma parceria estratégica e cooperação de longo prazo para as futuras gerações do poder aéreo e do desenvolvimento industrial", disse.
"A Suécia pode oferecer um programa de desenvolvimento conjunto de uma aeronave, com a Embraer, que tem como principal característica a capacidade de se adaptar às necessidades específicas de cada usuário", afirmou.
O vice-ministro garantiu que a proposta que será apresentada ao governo brasileiro será muito atrativa. Segundo ele, o caça Gripen é o que apresenta menor custo por ciclo de vida. Além disso, segundo ele, "a Suécia oferecerá um financiamento bastante favorável ao Brasil", caso seu caça seja o escolhido.
Apesar da garantia de transferência de tecnologia, o Gripen não utiliza nem motor nem radar com tecnologia sueca. O motor é norte-americano e o radar é italiano.
"A grande vantagem para o Brasil seria a possibilidade de integrar constantemente novos sistemas ao caça. A filosofia sueca é de que a célula dure 40 anos. Para manter o caça como top de linha, é fundamental que utilize plataformas que comportem computadores cada vez mais rápidos e softwares sempre atualizados. Essa é a característica mais marcante do Gripen", explicou o presidente da Saab no Brasil, Bengt Janér.
"Já a filosofia tradicional é de utilizar uma plataforma de 15 anos e, então, fazer uma atualização de meia-vida", acrescentou. Segundo Janér, os caças suecos estão constantemente atualizados porque mantêm a "massa crítica" funcionando. "Se você parar durante 15 anos, boa parte do pessoal que estava envolvido no projeto provavelmente não estará mais trabalhando. Nossa filosofia é de estar sempre mexendo para estar sempre com o produto atualizado", argumentou.
Além do Gripen, estão na disputa para oferecer aviões caças ao Brasil o F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, e o Rafale, da francesa Dassault.
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Um dos motivos pelos quais o Charles De Gaulle foi construído é a incapacidade de se operar os Rafales a bordo do Sâo Paulo. Eles operariam com tamanha restrição de peso que a sua validade bélica passou a ser duvidosa. Para operá-lo com pleno potencial haveria a necessidade de se reabastecer os Rafales em vôo após a decolagem tornando sua operação mais onerosa do que já é principalmente para um caça embarcado uma vez que haveria a necessidade de outro vetor para reabastecê-lo. A única aeronave de caça embarcada cujo peso máximo de decolagem seria capaz de operar a bordo do São Paulo seria o MiG-29K mas isto exigiria uma extensa reforma no convés da embarcação eliminando inclusive a catapulta uma vez que o convés teria uma rampa como no caso do porta-aviões Almirante Kuznetoz. As primeiras versões do F-18 também poderiam operar a partir do São Paulo mas com alguma perda em relação a carga bélica ou combustível.
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