Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
02/08/2004 - 19h51

Justiça condena 14 ex-diretores e ex-gerentes do Banestado

Publicidade

MARI TORTATO
da Agência Folha, em Curitiba

Os ex-vice-presidentes do Banestado (Banco do Estado do Paraná) Aldo de Almeida Jr. e Gabriel Nunes Pires Neto e mais 12 ex-diretores e ex-gerentes do banco foram condenados nesta segunda-feira a penas de até 12 anos e oito meses de prisão em regime fechado por remessas fraudulentas de dinheiro ao exterior entre 1996 e 1997.

As condenações foram definidas em sentença proferida pelo juiz Sérgio Moro, da 2ª Vara Criminal da Justiça Federal em Curitiba. A vara é a especializada no Paraná em julgar casos de lavagem de dinheiro, mas os crimes que sustentaram as condenações foram de gestão fraudulenta à frente de instituição financeira e evasão de divisas.

A Almeida Jr. e Pires Neto o juiz imputou a pena mais pesada (12,8 anos de prisão em regime fechado), mas Pires Neto foi beneficiado com redução para 7 anos e seis meses em regime semi-aberto, por ter se valido do instrumento da "delação premiada" (em que o réu colabora com a Justiça e reduz a pena).

Todos os condenados, exceto um, que está foragido, podem recorrer da sentença em liberdade. Eles não tiveram mandados de prisão expedidos hoje por estarem protegidos por habeas corpus obtidos por seus advogados no TRF (Tribunal Regional Federal) da 4ª Região.

Nova York

O processo que condenou os 14 ex-diretores e gerentes teve origem nas investigações do delegado da Polícia Federal José Francisco Castilho Neto na agência do Banestado de Nova York.

A força-tarefa do Ministério Público Federal apresentou denúncia contra 25 ex-integrantes do banco. Seis foram absolvidos por falta de provas e outros cinco vão responder a processo desmembrado, por terem atuado no Banco del Paraná (braço do Banestado que funcionava no Paraguai).

Entre os absolvidos estão o ex-presidente do Banestado Domingos Tarço Murta Ramalho e os ex-gerentes da agência de Nova York Ércio de Paula dos Santos e Valdir Antonio Perin.

A acusação principal dos procuradores federais neste processo --há outros contra alguns dos acusados-- é que a cúpula do banco respaldou os gerentes na abertura de 91 contas correntes em nome de "laranjas" nas agências concentradas em Foz do Iguaçu (PR).

Em movimentação por CC5 (contas de não-residentes no Brasil) teriam sido remetidos para fora do país de forma irregular, em dois anos, cerca de R$ 2,4 bilhões.

Outro lado

O advogado de Almeida Jr., Alcides Bitencourt Pereira, disse que seu cliente é inocente e que o juiz "condenou por atacado" e "não ouviu os argumentos da defesa".

Disse ainda que o recurso ao TRF da 4ª região "vai manifestar todo esse inconformismo" A Agência Folha não conseguiu contato com a defesa de Pires Neto.

Leia mais
  • Entenda o caso Banestado

    Especial
  • Arquivo: Veja o que já foi publicado sobre o caso Banestado
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página