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17/08/2004
-
21h27
JOSÉ MASCHIO
da Agência Folha
O relator da CPI do Banestado, deputado federal José Mentor (PT-SP), chegou a sugerir à força-tarefa que a Operação Farol da Colina fosse restrita a, no máximo, prender seis doleiros.
Aos procuradores, o deputado alegava que a operação poderia afetar o mercado de câmbio nacional.
Hoje, ouvido pela Agência Folha, Mentor confirmou que o assunto chegou a ser "discutido" entre a força-tarefa e a CPI do Banestado.
Ele, no entanto, negou que defendia a redução do número de prisões por temer turbulências no mercado financeiro.
"Essa discussão foi normal, há tempo, no final do ano passado. A CPI queria prender algumas pessoas que operam no mercado paralelo e discutimos com a força-tarefa essa possibilidade", disse Mentor.
Segundo o deputado, a CPI resolveu não avançar nas investigações "para não inibir a ação da força-tarefa que preparava essa megaoperação".
Na busca e apreensão feita no escritório de Juscélio Nunes Vidal, gerente da conta Beacon Hill no Brasil, ontem, no Rio de Janeiro, a força-tarefa descobriu troca de correios eletrônicos entre Vidal e José Mentor. O teor das mensagens não foi divulgado pela Polícia Federal.
Mentor confirmou ontem ter trocado correspondência eletrônica com Vidal. "Foi em dezembro do ano passado, antes de minha segunda viagem aos Estados Unidos. Eu tentava que ele intermediasse um encontro meu com o Aníbal Contreras."
Preso nos Estados Unidos, acusado de crime de lavagem de dinheiro, o panamenho Aníbal Contreras era o controlador da conta Beacon Hill no J. P. Morgan Chase, em Nova York.
Ainda segundo Mentor, o encontro com Contreras acabou não acontecendo. "Eu acabei falando com a advogada dele em Nova York, mas a Polícia Federal foi informada que eu tentei esse contato. Logo as correspondências encontradas devem ser de dezembro e tratam desse assunto", afirmou Mentor.
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Mentor sugeriu à PF restringir prisão de doleiros
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da Agência Folha
O relator da CPI do Banestado, deputado federal José Mentor (PT-SP), chegou a sugerir à força-tarefa que a Operação Farol da Colina fosse restrita a, no máximo, prender seis doleiros.
Aos procuradores, o deputado alegava que a operação poderia afetar o mercado de câmbio nacional.
Hoje, ouvido pela Agência Folha, Mentor confirmou que o assunto chegou a ser "discutido" entre a força-tarefa e a CPI do Banestado.
Ele, no entanto, negou que defendia a redução do número de prisões por temer turbulências no mercado financeiro.
"Essa discussão foi normal, há tempo, no final do ano passado. A CPI queria prender algumas pessoas que operam no mercado paralelo e discutimos com a força-tarefa essa possibilidade", disse Mentor.
Segundo o deputado, a CPI resolveu não avançar nas investigações "para não inibir a ação da força-tarefa que preparava essa megaoperação".
Na busca e apreensão feita no escritório de Juscélio Nunes Vidal, gerente da conta Beacon Hill no Brasil, ontem, no Rio de Janeiro, a força-tarefa descobriu troca de correios eletrônicos entre Vidal e José Mentor. O teor das mensagens não foi divulgado pela Polícia Federal.
Mentor confirmou ontem ter trocado correspondência eletrônica com Vidal. "Foi em dezembro do ano passado, antes de minha segunda viagem aos Estados Unidos. Eu tentava que ele intermediasse um encontro meu com o Aníbal Contreras."
Preso nos Estados Unidos, acusado de crime de lavagem de dinheiro, o panamenho Aníbal Contreras era o controlador da conta Beacon Hill no J. P. Morgan Chase, em Nova York.
Ainda segundo Mentor, o encontro com Contreras acabou não acontecendo. "Eu acabei falando com a advogada dele em Nova York, mas a Polícia Federal foi informada que eu tentei esse contato. Logo as correspondências encontradas devem ser de dezembro e tratam desse assunto", afirmou Mentor.
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