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19/08/2004
-
04h13
da Agência Folha, São Paulo
Criada em maio de 2003, a força-tarefa CC5 do Banestado ultrapassou o objetivo original, que era investigar remessas feitas para o exterior utilizando a agência de Nova York do banco paranaense, privatizado em 2000.
Com uma ação conjunta com órgãos de fiscalização da Justiça dos Estados Unidos, as investigações foram estendidas para a conta-ônibus Beacon Hill, mantida no JP Morgan Chase, de Nova York, e para contas de brasileiros mantidas no MTB, hoje CBC, também de Nova York.
O processo de investigação de lavagem de dinheiro por meio de remessas CC5 (de não residentes), porém, começou em maio de 1999, quando o então procurador da República em Cascavel (PR), Celso Antônio Três, conseguiu a quebra do sigilo, na Justiça Federal, das remessas CC5 de janeiro de 1992 a dezembro de 1998. Na época, o montante enviado para o exterior somava US$ 124 bilhões.
A quebra do sigilo possibilitou que outras operações fraudulentas fossem descobertas. Com a criação da força-tarefa (que inclui Polícia Federal, Justiça Federal e procuradores da República) e a centralização dos crimes na vara especializada em crimes contra o sistema financeiro, da Justiça Federal em Curitiba, os resultados começaram a aparecer.
Em um balanço extra-oficial, a força-tarefa estima a apreensão de bens e valores em cerca de R$ 160 milhões, que serão transferidos para a União depois de finalizadas as ações judiciais.
A força-tarefa contabiliza também 18 condenações por crimes de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro. Entre os presos está o doleiro Alberto Youssef --condenado em junho, por sonegação fiscal, a sete anos de prisão em regime semi-aberto--, que foi fundamental para auxiliar nas investigações dos doleiros alvos da Operação Farol da Colina.
Youssef fez acordo com a Justiça Federal e recebeu o tratamento previsto legalmente nos casos de delação premiada. No acordo, em troca da redução da pena, Youssef prestou depoimentos esclarecedores sobre a ação dos doleiros e indicou transações ilegais de políticos e empresários de todo o país.
Outras 445 pessoas já foram denunciadas pela força-tarefa nesse período. A maioria dos processos corre em segredo de Justiça.
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Operação contra lavagem de dinheiro ultrapassa objetivo inicial
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Criada em maio de 2003, a força-tarefa CC5 do Banestado ultrapassou o objetivo original, que era investigar remessas feitas para o exterior utilizando a agência de Nova York do banco paranaense, privatizado em 2000.
Com uma ação conjunta com órgãos de fiscalização da Justiça dos Estados Unidos, as investigações foram estendidas para a conta-ônibus Beacon Hill, mantida no JP Morgan Chase, de Nova York, e para contas de brasileiros mantidas no MTB, hoje CBC, também de Nova York.
O processo de investigação de lavagem de dinheiro por meio de remessas CC5 (de não residentes), porém, começou em maio de 1999, quando o então procurador da República em Cascavel (PR), Celso Antônio Três, conseguiu a quebra do sigilo, na Justiça Federal, das remessas CC5 de janeiro de 1992 a dezembro de 1998. Na época, o montante enviado para o exterior somava US$ 124 bilhões.
A quebra do sigilo possibilitou que outras operações fraudulentas fossem descobertas. Com a criação da força-tarefa (que inclui Polícia Federal, Justiça Federal e procuradores da República) e a centralização dos crimes na vara especializada em crimes contra o sistema financeiro, da Justiça Federal em Curitiba, os resultados começaram a aparecer.
Em um balanço extra-oficial, a força-tarefa estima a apreensão de bens e valores em cerca de R$ 160 milhões, que serão transferidos para a União depois de finalizadas as ações judiciais.
A força-tarefa contabiliza também 18 condenações por crimes de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro. Entre os presos está o doleiro Alberto Youssef --condenado em junho, por sonegação fiscal, a sete anos de prisão em regime semi-aberto--, que foi fundamental para auxiliar nas investigações dos doleiros alvos da Operação Farol da Colina.
Youssef fez acordo com a Justiça Federal e recebeu o tratamento previsto legalmente nos casos de delação premiada. No acordo, em troca da redução da pena, Youssef prestou depoimentos esclarecedores sobre a ação dos doleiros e indicou transações ilegais de políticos e empresários de todo o país.
Outras 445 pessoas já foram denunciadas pela força-tarefa nesse período. A maioria dos processos corre em segredo de Justiça.
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