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26/08/2004
-
08h10
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson (RJ), partido aliado ao governo, defendeu que a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Banestado seja encerrada e disse que o PSDB faz oposição "por má-fé", enquanto o PT fazia "por ignorância".
"Essa CPI tem de ser enterrada. Essa CPI acabou virando uma espécie de delegacia, que é o esgoto da sociedade", declarou ontem.
Vazaram da CPI informação de sigilos bancário e fiscal dos presidentes do Banco Central, Henrique Meirelles, e do Banco do Brasil, Cássio Casseb, entre outros.
Jefferson criticou o PSDB. Disse que o partido tem feito oposição ao governo, usando o foro da CPI por má-fé. "O PT, no passado, fez oposição ferrenha ao governo por ignorância, por desconhecimento. O PSDB faz oposição hoje por má-fé, porque eles sabem exatamente o que estão fazendo."
O deputado disse ainda que Meirelles tem sido vítima de "uma guerra política do pior gabarito". Sem mencionar nomes, o petebista afirmou que a CPI tem permitido que parlamentares façam extorsão e chantagem.
"Essa CPI me cheira mal. Eu repilo CPIs em geral porque transformam parlamentares em delegadões, em promotorões." Para ele, a oposição usa a CPI "para destruir reputações".
"Devassa"
Depois de duas semanas de trégua, o presidente da CPI do Banestado, senador Antero Paes de Barros (PSDB-AM), subiu à tribuna ontem para responsabilizar o governo pela "devassa" feita pela comissão nos sigilos bancário e fiscal de pessoas.
Com o discurso, a CPI voltou a ser palco de tiroteio entre governistas e oposição, o que tem paralisado os trabalhos do Senado.
"A CPI vem sendo criticada pela devassa na vida de pessoas sem indícios que justificassem a quebra de seu sigilo e por requisitar documentos que não são objeto de investigação. A questão é grave, mas não aceito que seja vista como uma estratégia da CPI. É de setores do governo", disse ele.
Além da disputa política, a CPI é acusada de vazamento de informações e de procedimentos irregulares, como quebra de sigilos em bloco. Os pivôs da crise são Antero e o relator, deputado José Mentor (PT-SP).
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou ontem proposta do presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), de limitar as reuniões das CPIs às segundas e sextas-feiras, além das tardes de quinta, podendo ainda funcionar aos sábados, domingos e feriados. A matéria ainda tem que ser votada no plenário.
Tradicionalmente o Congresso fica vazio nesses dias, quando não há sessões deliberativas.
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Petebista diz que CPI é esgoto da sociedade; Antero fala em "devassa"
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O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson (RJ), partido aliado ao governo, defendeu que a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Banestado seja encerrada e disse que o PSDB faz oposição "por má-fé", enquanto o PT fazia "por ignorância".
"Essa CPI tem de ser enterrada. Essa CPI acabou virando uma espécie de delegacia, que é o esgoto da sociedade", declarou ontem.
Vazaram da CPI informação de sigilos bancário e fiscal dos presidentes do Banco Central, Henrique Meirelles, e do Banco do Brasil, Cássio Casseb, entre outros.
Jefferson criticou o PSDB. Disse que o partido tem feito oposição ao governo, usando o foro da CPI por má-fé. "O PT, no passado, fez oposição ferrenha ao governo por ignorância, por desconhecimento. O PSDB faz oposição hoje por má-fé, porque eles sabem exatamente o que estão fazendo."
O deputado disse ainda que Meirelles tem sido vítima de "uma guerra política do pior gabarito". Sem mencionar nomes, o petebista afirmou que a CPI tem permitido que parlamentares façam extorsão e chantagem.
"Essa CPI me cheira mal. Eu repilo CPIs em geral porque transformam parlamentares em delegadões, em promotorões." Para ele, a oposição usa a CPI "para destruir reputações".
"Devassa"
Depois de duas semanas de trégua, o presidente da CPI do Banestado, senador Antero Paes de Barros (PSDB-AM), subiu à tribuna ontem para responsabilizar o governo pela "devassa" feita pela comissão nos sigilos bancário e fiscal de pessoas.
Com o discurso, a CPI voltou a ser palco de tiroteio entre governistas e oposição, o que tem paralisado os trabalhos do Senado.
"A CPI vem sendo criticada pela devassa na vida de pessoas sem indícios que justificassem a quebra de seu sigilo e por requisitar documentos que não são objeto de investigação. A questão é grave, mas não aceito que seja vista como uma estratégia da CPI. É de setores do governo", disse ele.
Além da disputa política, a CPI é acusada de vazamento de informações e de procedimentos irregulares, como quebra de sigilos em bloco. Os pivôs da crise são Antero e o relator, deputado José Mentor (PT-SP).
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou ontem proposta do presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), de limitar as reuniões das CPIs às segundas e sextas-feiras, além das tardes de quinta, podendo ainda funcionar aos sábados, domingos e feriados. A matéria ainda tem que ser votada no plenário.
Tradicionalmente o Congresso fica vazio nesses dias, quando não há sessões deliberativas.
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