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09/09/2004
-
17h36
CAIO JUNQUEIRA
da Folha Online
O candidato a prefeito de São Paulo pelo PSDB, José Serra, rebateu as críticas da prefeita e candidata à reeleição, Marta Suplicy (PT), que o chamou de "machista" nesta quinta-feira.
"Bobagem não tem sexo, pode ser dita por um homem ou por uma mulher também", disse Serra, durante campanha na rua Teodoro Sampaio (zona oeste de SP).
Marta classificou o tucano de "machista" hoje pela manhã, em resposta a uma nota divulgada pelo PSDB, na qual se referia a ela como "dona Marta". A nota foi utilizada para rebater a afirmação de Marta que disse, durante palestra, que uma vitória de Serra geraria crise política no país.
"Eu noto é que eles acusaram [sentiram] o golpe. Reagiram de forma machista e tentando desqualificar. Machista porque já começaram de novo a me chamar de dona Marta, que é quando eles querem usar uma forma pejorativa contra a mulher e desqualificar a mulher. E também desqualificar quando eles começam a dizer que é bobagem o que eu falei", disse a prefeita, após participar de um café da manhã no Sindicato dos Transportadores de Carga.
Em seguida, ela direcionou seu ataque ao que chamou de "estilo de Serra". "É sempre o mesmo estilo do Serra, de se pôr em cima da carne seca, como dono da verdade e com uma postura extremamente machista."
Serra disse que a prefeita foi "infeliz" nas declarações de ontem, quando disse que uma eventual vitória tucana em São Paulo geraria uma crise política.
"Inegavelmente é um episódio infeliz porque revela resistência a um dos pilares da democracia, que é a possibilidade de alternância do poder e ela [Marta] parece ter resistência a essa idéia", afirmou.
"Esperança e medo"
Sobre o "medo", manifestado por Marta, o tucano afirmou que não há qualquer relação com a campanha eleitoral de 2002, na qual foi candidato a presidente.
"Essa coisa de esperança e medo foi um truque eleitoral bastante eficaz na época, mas a meu ver não dizia muita coisa e eu não vou agora utilizá-lo de forma nenhuma."
Durante ato em Goiânia em outubro de 2002, Serra disse que o Brasil corria o risco de virar "uma Venezuela caso o petista [Lula] seja eleito". Naquele ano, a tensão política no país vizinho atingira o auge, com um golpe que tirou o presidente Hugo Chávez do poder durante 48 horas.
Houve outras declarações. No programa eleitoral do PSDB, a campanha de Serra levou ao ar a atriz Regina Duarte dizendo que tinha "medo" de um governo de Lula. Na época, os petistas reagiram com o slogan publicitário da "esperança contra o medo".
A campanha tucana argumenta, no entanto, que em 2002 se falava apenas de um provável desfecho, não de uma retaliação --como, segundo o PSDB, é o caso agora.
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"Bobagem não tem sexo", diz Serra sobre críticas de Marta
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da Folha Online
O candidato a prefeito de São Paulo pelo PSDB, José Serra, rebateu as críticas da prefeita e candidata à reeleição, Marta Suplicy (PT), que o chamou de "machista" nesta quinta-feira.
"Bobagem não tem sexo, pode ser dita por um homem ou por uma mulher também", disse Serra, durante campanha na rua Teodoro Sampaio (zona oeste de SP).
Marta classificou o tucano de "machista" hoje pela manhã, em resposta a uma nota divulgada pelo PSDB, na qual se referia a ela como "dona Marta". A nota foi utilizada para rebater a afirmação de Marta que disse, durante palestra, que uma vitória de Serra geraria crise política no país.
"Eu noto é que eles acusaram [sentiram] o golpe. Reagiram de forma machista e tentando desqualificar. Machista porque já começaram de novo a me chamar de dona Marta, que é quando eles querem usar uma forma pejorativa contra a mulher e desqualificar a mulher. E também desqualificar quando eles começam a dizer que é bobagem o que eu falei", disse a prefeita, após participar de um café da manhã no Sindicato dos Transportadores de Carga.
Em seguida, ela direcionou seu ataque ao que chamou de "estilo de Serra". "É sempre o mesmo estilo do Serra, de se pôr em cima da carne seca, como dono da verdade e com uma postura extremamente machista."
Serra disse que a prefeita foi "infeliz" nas declarações de ontem, quando disse que uma eventual vitória tucana em São Paulo geraria uma crise política.
"Inegavelmente é um episódio infeliz porque revela resistência a um dos pilares da democracia, que é a possibilidade de alternância do poder e ela [Marta] parece ter resistência a essa idéia", afirmou.
"Esperança e medo"
Sobre o "medo", manifestado por Marta, o tucano afirmou que não há qualquer relação com a campanha eleitoral de 2002, na qual foi candidato a presidente.
"Essa coisa de esperança e medo foi um truque eleitoral bastante eficaz na época, mas a meu ver não dizia muita coisa e eu não vou agora utilizá-lo de forma nenhuma."
Durante ato em Goiânia em outubro de 2002, Serra disse que o Brasil corria o risco de virar "uma Venezuela caso o petista [Lula] seja eleito". Naquele ano, a tensão política no país vizinho atingira o auge, com um golpe que tirou o presidente Hugo Chávez do poder durante 48 horas.
Houve outras declarações. No programa eleitoral do PSDB, a campanha de Serra levou ao ar a atriz Regina Duarte dizendo que tinha "medo" de um governo de Lula. Na época, os petistas reagiram com o slogan publicitário da "esperança contra o medo".
A campanha tucana argumenta, no entanto, que em 2002 se falava apenas de um provável desfecho, não de uma retaliação --como, segundo o PSDB, é o caso agora.
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