Publicidade
Publicidade
29/09/2004
-
12h36
MILENA BUOSI
da Folha Online
A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), candidata à reeleição, afirmou que seu principal adversário político, José Serra (PSDB), "é tão nefasto" quanto Paulo Maluf (PP).
"Tem ações nefastas hoje que fico impressionada. O outro candidato [Serra], que é tão nefasto quanto [Maluf], falou que o PT usa métodos nazistas. Então, os métodos usados por ambos os candidatos são absolutamente nefastos. Um [Serra] fica dizendo que o PT é nazista, simplesmente porque diz que ele está falando alguma coisa que não procede", disse.
A prefeita também afirmou que a classificação dada aos dois candidatos justifica-se quando eles a chamam de "dona Marta".
"Inclusive métodos nefastos quando o Maluf usava 'dona Marta' num sentido desrespeitoso à mulher, o outro começou a usar nos comícios a mesma coisa. É nefasto fazer isso, não acrescenta ao debate político", disse, em entrevista à rádio Bandeirantes nesta quarta-feira.
Questionada pelo locutor se não achava "bonitinho" ser chamada de "dona Marta" na música de campanha de Serra, Marta calou-se por alguns segundos e depois respondeu: "Olha, eu chamo minha sogra de dona Filomena, como chamaria sua mãe e a qualquer senhora de 'dona'. Aí é respeitoso. O sentido pejorativo é que é desrespeitoso. É quando você vê uma mulher dirigindo e grita: 'Dona Maria, vai pra casa'. O outro usou da mesma forma, desqualificando."
Gírias
De bom humor, a prefeita utilizou em sua entrevista gírias como "estou pagando um mico danado" por causa das taxas, "fui malhada por todos os candidatos" e "tomo pau da imprensa", devido a matérias que mostram o alto índice de rejeição a Marta.
A prefeita deu risada durante a entrevista e se divertiu ao criticar Serra usando como exemplo a coluna do jornalista José Simão, da Folha. Marta disse que Serra não tem propostas. "É como diz o Macaco Simão, ele copia e amplia", disse a prefeita.
Marta também demonstrou alegria quando foi questionada se havia adotado a estratégia "paz e amor". "Não há nenhuma orientação [do partido]. É aprendizagem, poderia melhorar bastante."
Maluf
Marta negou que haja um acordo entre ela e Maluf. O PP e o PT teriam firmado um pacto de não-agressão a Marta --principalmente nos programas de rádio e TV. Em troca, Maluf seria beneficiado dentro dos limites legais na CPI do Banestado, que apura envio de recursos para o exterior.
"Não há nenhum entendimento. Isso começou quando o PSDB começou a me acusar e ninguém falava nada quando eu era malhada por todos os candidatos [no início dos debates]. Não sei qual é a estratégia dele", disse Marta.
Após passar pela Bandeirantes, Marta deu entrevista à rádio 89 FM. No estúdio de gravação, ela sentou em um banco e colocou um dos pés sobre a mesa. Falou sobre seus programas e escolheu a música "Humanos", da banda Tókio, da qual fazia parte o cantor Supla, seu filho.
Leia mais
Para Maluf, Marta se referiu a Serra e não a ele em crítica de "nefasto"
Especial
Leia o que já foi publicado sobre José Serra
Leia o que já foi publicado sobre Marta Suplicy
Veja as últimas pesquisas no site Datafolha
Leia mais notícias no especial Eleições 2004
Marta diz que Serra "é tão nefasto quanto Maluf"
Publicidade
da Folha Online
A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), candidata à reeleição, afirmou que seu principal adversário político, José Serra (PSDB), "é tão nefasto" quanto Paulo Maluf (PP).
"Tem ações nefastas hoje que fico impressionada. O outro candidato [Serra], que é tão nefasto quanto [Maluf], falou que o PT usa métodos nazistas. Então, os métodos usados por ambos os candidatos são absolutamente nefastos. Um [Serra] fica dizendo que o PT é nazista, simplesmente porque diz que ele está falando alguma coisa que não procede", disse.
A prefeita também afirmou que a classificação dada aos dois candidatos justifica-se quando eles a chamam de "dona Marta".
"Inclusive métodos nefastos quando o Maluf usava 'dona Marta' num sentido desrespeitoso à mulher, o outro começou a usar nos comícios a mesma coisa. É nefasto fazer isso, não acrescenta ao debate político", disse, em entrevista à rádio Bandeirantes nesta quarta-feira.
Questionada pelo locutor se não achava "bonitinho" ser chamada de "dona Marta" na música de campanha de Serra, Marta calou-se por alguns segundos e depois respondeu: "Olha, eu chamo minha sogra de dona Filomena, como chamaria sua mãe e a qualquer senhora de 'dona'. Aí é respeitoso. O sentido pejorativo é que é desrespeitoso. É quando você vê uma mulher dirigindo e grita: 'Dona Maria, vai pra casa'. O outro usou da mesma forma, desqualificando."
Gírias
De bom humor, a prefeita utilizou em sua entrevista gírias como "estou pagando um mico danado" por causa das taxas, "fui malhada por todos os candidatos" e "tomo pau da imprensa", devido a matérias que mostram o alto índice de rejeição a Marta.
A prefeita deu risada durante a entrevista e se divertiu ao criticar Serra usando como exemplo a coluna do jornalista José Simão, da Folha. Marta disse que Serra não tem propostas. "É como diz o Macaco Simão, ele copia e amplia", disse a prefeita.
Marta também demonstrou alegria quando foi questionada se havia adotado a estratégia "paz e amor". "Não há nenhuma orientação [do partido]. É aprendizagem, poderia melhorar bastante."
Maluf
Marta negou que haja um acordo entre ela e Maluf. O PP e o PT teriam firmado um pacto de não-agressão a Marta --principalmente nos programas de rádio e TV. Em troca, Maluf seria beneficiado dentro dos limites legais na CPI do Banestado, que apura envio de recursos para o exterior.
"Não há nenhum entendimento. Isso começou quando o PSDB começou a me acusar e ninguém falava nada quando eu era malhada por todos os candidatos [no início dos debates]. Não sei qual é a estratégia dele", disse Marta.
Após passar pela Bandeirantes, Marta deu entrevista à rádio 89 FM. No estúdio de gravação, ela sentou em um banco e colocou um dos pés sobre a mesa. Falou sobre seus programas e escolheu a música "Humanos", da banda Tókio, da qual fazia parte o cantor Supla, seu filho.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice