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12/10/2004
-
16h20
MILENA BUOSI
da Folha Online
A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), que tenta a reeleição, disse "não saber da vida" de Paulo Maluf (PP). Ela também afirmou desconhecer um possível apoio do ex-prefeito à sua campanha.
Maluf, derrotado na eleição municipal, adiou o anúncio de seu apoio no segundo turno. Ontem, ele havia convocado a imprensa para a cobertura da reunião da Executiva Nacional do PP, que ocorreu hoje em sua casa. Era esperado que, após a reunião, Maluf declarasse apoio a Marta. O partido já recomendou aos seus integrantes o voto na prefeita.
Enquanto Maluf estava reunido com aliados do PP, a Polícia Federal divulgou o indiciamento do ex-prefeito e de seu filho Flávio Maluf por cinco crimes: lavagem de dinheiro, evasão de divisas, formação de quadrilha, peculato (desvio de dinheiro público) e sonegação fiscal.
Terminada a reunião do PP, Maluf não respondeu perguntas de jornalistas e limitou-se a ler uma nota em que afirmou que "no momento certo" tomará posição sobre a disputa em São Paulo.
Pronunciamento
"O PP anunciou o apoio. O candidato até hoje não se pronunciou, que eu saiba. Não tenho nada previsto nesse sentido [de receber o apoio]", disse Marta, hoje, durante vistoria no autódromo de Interlagos (zona sul).
Marta também disse desconhecer a informação sobre o indiciamento de Maluf. "Eu não sei da vida dele. Vocês [jornalistas] estão falando sobre indiciamento, que eu também não estou a par."
Durante o primeiro turno das eleições, Maluf centrou suas críticas a Serra. O PT e o PP teriam firmado um pacto para evitar ataques a Marta.
Por outro lado, Maluf seria poupado nas investigações da CPI do Banestado, cujo relator é o deputado federal petista José Mentor (SP). PP e PT negam a existência do acordo.
Licença
Marta entra amanhã, dia 13, de licença do cargo para se dedicar à campanha. O vice, Hélio Bicudo, assume o posto interinamente.
Marta ficará de licença por 14 dias. Para obter mais tempo longe da prefeitura, seria necessária a aprovação da Câmara Municipal.
Segundo pesquisa Datafolha, a prefeita tem 39% das intenções de voto contra 51% de José Serra (PSDB) no segundo turno.
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A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), que tenta a reeleição, disse "não saber da vida" de Paulo Maluf (PP). Ela também afirmou desconhecer um possível apoio do ex-prefeito à sua campanha.
Maluf, derrotado na eleição municipal, adiou o anúncio de seu apoio no segundo turno. Ontem, ele havia convocado a imprensa para a cobertura da reunião da Executiva Nacional do PP, que ocorreu hoje em sua casa. Era esperado que, após a reunião, Maluf declarasse apoio a Marta. O partido já recomendou aos seus integrantes o voto na prefeita.
Enquanto Maluf estava reunido com aliados do PP, a Polícia Federal divulgou o indiciamento do ex-prefeito e de seu filho Flávio Maluf por cinco crimes: lavagem de dinheiro, evasão de divisas, formação de quadrilha, peculato (desvio de dinheiro público) e sonegação fiscal.
Terminada a reunião do PP, Maluf não respondeu perguntas de jornalistas e limitou-se a ler uma nota em que afirmou que "no momento certo" tomará posição sobre a disputa em São Paulo.
Pronunciamento
"O PP anunciou o apoio. O candidato até hoje não se pronunciou, que eu saiba. Não tenho nada previsto nesse sentido [de receber o apoio]", disse Marta, hoje, durante vistoria no autódromo de Interlagos (zona sul).
Marta também disse desconhecer a informação sobre o indiciamento de Maluf. "Eu não sei da vida dele. Vocês [jornalistas] estão falando sobre indiciamento, que eu também não estou a par."
Durante o primeiro turno das eleições, Maluf centrou suas críticas a Serra. O PT e o PP teriam firmado um pacto para evitar ataques a Marta.
Por outro lado, Maluf seria poupado nas investigações da CPI do Banestado, cujo relator é o deputado federal petista José Mentor (SP). PP e PT negam a existência do acordo.
Licença
Marta entra amanhã, dia 13, de licença do cargo para se dedicar à campanha. O vice, Hélio Bicudo, assume o posto interinamente.
Marta ficará de licença por 14 dias. Para obter mais tempo longe da prefeitura, seria necessária a aprovação da Câmara Municipal.
Segundo pesquisa Datafolha, a prefeita tem 39% das intenções de voto contra 51% de José Serra (PSDB) no segundo turno.
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