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01/11/2004
-
21h09
LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre
Dizendo estar presenciando o fim de um "período histórico do PT", o ministro da Educação, Tarso Genro (PT), prefeito de Porto Alegre em duas oportunidades, defendeu ontem mudanças de rumo no partido.
"As alianças chegaram à sua amplitude máxima, nas relações com o malufismo em São Paulo, o que para mim é um equívoco. Além disso, a seção do PT no Rio Grande do Sul, que é mais vinculada a suas origens históricas, sofreu uma dura derrota. Isso determina que, a partir desse momento, o PT deve retomar a construção de um novo projeto", afirmou ele, salientando que esperava a derrota em Porto Alegre. "O centro do projeto transformador deve ser o limite das alianças e a renovação da sua estrutura eleitoral."
De acordo com Tarso, além de ser necessário um balizamento maior das alianças, o sistema de composições que forma a base do governo federal "não dá sustentação aos governos estaduais ou municipais".
Em Porto Alegre, o PT enfrentou uma frente de oposição composta por partidos que fazem oposição nacionalmente aliados a outros que fazem parte da base de sustentação do governo Lula, dentre os quais o próprio PPS, que venceu.
O ministro prevê uma forte debate sobre o futuro do PT no Rio Grande do Sul.
''As bases no Rio Grande do Sul estão atordoadas, elas cobrem todo o espectro do partido. Abre-se um forte debate sobre o futuro'', afirmou.
Quanto ao prefeito eleito, José Fogaça (PPS), afirmou que é ele quem vai reger a ampla coligação, mas que não há um projeto nem unidade interna.
''É uma coalizão que aproveitou o sentimento de renovação para nos derrotar. Não quer dizer que não possa fazer um governo decente e sério. Não são forças de extrema direita, arrogantes ou fascistas'', disse ele.
Tarso considera ''óbvio'' que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva implementará uma reforma ministerial, mas, apesar de reconhecer que o PT do Rio Grande do Sul perde peso a partir das derrotas eleitorais em Porto Alegre, Caxias do Sul e Pelotas, diz não imaginar o conteúdo das mudanças.
''Não estou preocupado com essa questão, até porque quem se torna ministro devem saber se tratar de um cargo permanentemente à disposição'', disse.
Especial
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Após derrota, Tarso defende rediscussão de projeto do PT
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da Agência Folha, em Porto Alegre
Dizendo estar presenciando o fim de um "período histórico do PT", o ministro da Educação, Tarso Genro (PT), prefeito de Porto Alegre em duas oportunidades, defendeu ontem mudanças de rumo no partido.
"As alianças chegaram à sua amplitude máxima, nas relações com o malufismo em São Paulo, o que para mim é um equívoco. Além disso, a seção do PT no Rio Grande do Sul, que é mais vinculada a suas origens históricas, sofreu uma dura derrota. Isso determina que, a partir desse momento, o PT deve retomar a construção de um novo projeto", afirmou ele, salientando que esperava a derrota em Porto Alegre. "O centro do projeto transformador deve ser o limite das alianças e a renovação da sua estrutura eleitoral."
De acordo com Tarso, além de ser necessário um balizamento maior das alianças, o sistema de composições que forma a base do governo federal "não dá sustentação aos governos estaduais ou municipais".
Em Porto Alegre, o PT enfrentou uma frente de oposição composta por partidos que fazem oposição nacionalmente aliados a outros que fazem parte da base de sustentação do governo Lula, dentre os quais o próprio PPS, que venceu.
O ministro prevê uma forte debate sobre o futuro do PT no Rio Grande do Sul.
''As bases no Rio Grande do Sul estão atordoadas, elas cobrem todo o espectro do partido. Abre-se um forte debate sobre o futuro'', afirmou.
Quanto ao prefeito eleito, José Fogaça (PPS), afirmou que é ele quem vai reger a ampla coligação, mas que não há um projeto nem unidade interna.
''É uma coalizão que aproveitou o sentimento de renovação para nos derrotar. Não quer dizer que não possa fazer um governo decente e sério. Não são forças de extrema direita, arrogantes ou fascistas'', disse ele.
Tarso considera ''óbvio'' que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva implementará uma reforma ministerial, mas, apesar de reconhecer que o PT do Rio Grande do Sul perde peso a partir das derrotas eleitorais em Porto Alegre, Caxias do Sul e Pelotas, diz não imaginar o conteúdo das mudanças.
''Não estou preocupado com essa questão, até porque quem se torna ministro devem saber se tratar de um cargo permanentemente à disposição'', disse.
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