Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
02/11/2004 - 20h20

Petista eleito em Vitória diz que sigla no Estado não pode repetir erros

Publicidade

PAULO PEIXOTO
da Agência Folha

Traumatizado com o governo estadual do petista Vítor Buaiz no Espírito Santo (1995-98), o eleitorado de Vitória colocou novamente o PT no poder, agora no municipal --chance que o prefeito eleito da capital capixaba, João Coser, disse que não pode ser desperdiçada novamente.

"Estamos tendo a segunda oportunidade. Os eleitores deram um recado: querem que a gente acerte. Não podemos cometer os erros do passado", afirmou Coser, integrante da esquerda do PT e um dos principais líderes da oposição que Buaiz enfrentou no próprio partido, o que o levou a abandonar a sigla em 1997.

Buaiz assumiu o Executivo estadual concedendo aumento salarial para os servidores, mas depois viu que as contas estaduais estavam arruinadas. Partiu, então, para as demissões e privatizações, reunindo contra ele o PT.

As desavenças custaram caro ao partido, que enfrentou muitos desgastes eleitorais. Até hoje, a passagem de Buaiz pelo Estado é lembrada, a ponto de o PSDB ter tentado explorar esse fato na campanha eleitoral. Mas não colou. Coser, que venceu com 57,9% dos votos válidos, demonstra clareza do que foi aquela época e o que ela representou.

Segundo ele, o PT-ES é agora "menos sectário" e está "maduro". Além disso, diz ter uma boa relação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o ministro José Dirceu (Casa Civil), condutores da nova era petista, que inclui alianças pragmáticas e ortodoxia econômica.

Coser quer avançar mais em relação ao que foi a gestão Buaiz na Prefeitura de Vitória (1989-92), que tem uma boa imagem, ao contrário da sua passagem no governo do Estado. Uma das primeiras medidas será a retomada do Orçamento Participativo, que foi abandonado no atual governo do prefeito tucano Luiz Paulo Vellozo Lucas.

Ele se elegeu também com promessas novas no sentido de preparar Vitória "para o futuro". Isso exigiria grandes obras, como o metrô, promessa que não empolga o governador Paulo Hartung (sem partido), que quem Coser espera parceria.

O tucano Vellozo Lucas, que deixará a prefeitura em dezembro, após oito anos no mandato, põe em dúvida a capacidade do adversário, considerando as experiências passadas. "Acho que pode ser um retrocesso. Tudo vai depender da capacidade do PT de governar. De eleição, o PT sempre é bom", afirmou.

Especial
  • Leia mais notícias no especial Eleições 2004
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página