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04/11/2004
-
13h41
da Folha Online
Políticos e empresários foram presos hoje durante operação deflagrada pela Polícia Federal em Macapá (AP), Belo Horizonte (MG), Belém (PA) e Brasília (DF). Segundo a PF, o objetivo da "Operação Pororoca" é localizar acusados de participar de uma rede organizada de fraudes em licitações no Amapá.
Foram presos em Belém o futuro senador do Pará, Fernando Flexa Ribeiro (PSDB), e o empresário Eduardo Boullosa. Flexa Ribeiro é suplente do atual senador e prefeito eleito de Belém, Duciomar Costa, e dono da construtora Engeplan. Boullosa também é sócio de construtora.
Foram detidos em Macapá o ex-senador, ex-secretário da Saúde do Estado e candidato derrotado à Prefeitura de Macapá, Sebastião Rocha (PDT), e o empresário Luís Eduardo Pinheiro Correa, sócio-proprietário da construtora Método Norte Engenharia e Comércio Ltda --apontada como a principal beneficiária dos recursos desviados.
Os dois seriam os principais responsáveis por comandar o esquema de fraude. Eles foram presos em casa, por volta das 6h30 de hoje.
Investigação
Segundo investigações, pelo menos 17 obras teriam sido fraudadas no Estado desde 2002. O valor total delas é de R$ 103 milhões. Somente a construção do Porto de Santana --município distante 20 km da capital-- tem orçamento de R$ 64 milhões, que seria a maior obra portuária em execução no país.
As fraudes aconteceriam por meio da CPL (Comissão Permanente de Licitação), que direcionava a execução das obras para empresas que faziam parte do esquema.
Segundo a PF, estão envolvidos políticos, empresários e funcionários públicos de diversos órgãos. Eles são acusados dos crimes de corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, tráfico de influência, advocacia administrativa , peculato, prevaricação, usurpação de função pública e inserção de dados falsos em sistema de informações.
Este último crime teria acontecido por meio do sistema chamado Siafi, utilizado para gerenciar os créditos e orçamentos da União, com o apoio de servidores federais em Brasília. Também teriam sido feitas alterações indevidas em dados da Receita Federal.
Os mandados de prisão, busca e apreensão ainda estão sendo cumpridos. A operação envolve cerca de 160 policiais.
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PF prende ex-senador e empresário durante operação em 3 Estados e no DF
Especial
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Políticos e empresários foram presos hoje durante operação deflagrada pela Polícia Federal em Macapá (AP), Belo Horizonte (MG), Belém (PA) e Brasília (DF). Segundo a PF, o objetivo da "Operação Pororoca" é localizar acusados de participar de uma rede organizada de fraudes em licitações no Amapá.
Foram presos em Belém o futuro senador do Pará, Fernando Flexa Ribeiro (PSDB), e o empresário Eduardo Boullosa. Flexa Ribeiro é suplente do atual senador e prefeito eleito de Belém, Duciomar Costa, e dono da construtora Engeplan. Boullosa também é sócio de construtora.
Foram detidos em Macapá o ex-senador, ex-secretário da Saúde do Estado e candidato derrotado à Prefeitura de Macapá, Sebastião Rocha (PDT), e o empresário Luís Eduardo Pinheiro Correa, sócio-proprietário da construtora Método Norte Engenharia e Comércio Ltda --apontada como a principal beneficiária dos recursos desviados.
Os dois seriam os principais responsáveis por comandar o esquema de fraude. Eles foram presos em casa, por volta das 6h30 de hoje.
Investigação
Segundo investigações, pelo menos 17 obras teriam sido fraudadas no Estado desde 2002. O valor total delas é de R$ 103 milhões. Somente a construção do Porto de Santana --município distante 20 km da capital-- tem orçamento de R$ 64 milhões, que seria a maior obra portuária em execução no país.
As fraudes aconteceriam por meio da CPL (Comissão Permanente de Licitação), que direcionava a execução das obras para empresas que faziam parte do esquema.
Segundo a PF, estão envolvidos políticos, empresários e funcionários públicos de diversos órgãos. Eles são acusados dos crimes de corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, tráfico de influência, advocacia administrativa , peculato, prevaricação, usurpação de função pública e inserção de dados falsos em sistema de informações.
Este último crime teria acontecido por meio do sistema chamado Siafi, utilizado para gerenciar os créditos e orçamentos da União, com o apoio de servidores federais em Brasília. Também teriam sido feitas alterações indevidas em dados da Receita Federal.
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