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18/11/2004
-
22h22
HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Campo Grande
A Justiça uruguaia autorizou ontem a extradição do ex-policial civil João Arcanjo Ribeiro, 53, condenado pela acusação de comandar o crime organizado em Mato Grosso. Ele está preso desde abril de 2003 em Montevidéu, capital do Uruguai, por uso de documento falso.
O juiz Julier Sebastião da Silva, da 1ª Vara Federal de Cuiabá, disse que a Embaixada do Brasil no Uruguai confirmou ontem que a Justiça uruguaia decidiu pela extradição.
Silva afirmou que espera receber a sentença do Tribunal de Apelações Penais, da 2ª Turma do Uruguai, para definir a data da extradição e o dia do interrogatório de Arcanjo no Brasil.
Arcanjo, que deverá ser ouvido também pela CPI do Banestado, ficará preso na ala federal do presídio de Cuiabá (MT), afirmou o juiz.
Os advogados de Arcanjo podem recorrer à corte suprema do Uruguai, mas segundo o juiz, se isso ocorrer, a decisão será rápida.
Segundo informações recebidas pela Embaixada brasileira, a Justiça uruguaia não aceitou as extradições de Sílvia Chirata, mulher de Arcanjo, e do uruguaio Adolfo Olivero Sesini. Os dois teriam sido colocados em liberdade após a decisão.
As extradições de Arcanjo, Chirata e Sesini haviam sido pedidas pelo Ministério da Justiça ao governo uruguaio no ano passado.
Em dezembro de 2003, a Justiça Federal em Cuiabá (MT) condenou Arcanjo a 37 anos de prisão por lavagem de dinheiro, formação de organização criminosa e crime contra o sistema financeiro.
Conhecido como "comendador", Arcanjo já havia sido condenado a sete anos por porte ilegal e contrabando de armas. Ele é acusado ainda de assassinatos.
Segundo o Ministério Público Estadual, o comendador mandou matar em setembro de 2002 o empresário Sávio Brandão, dono do jornal "Folha do Estado", que publicava reportagens sobre o crime organizado.
Por integrarem, segundo a Justiça brasileira, o crime organizado, Chirata recebeu pena de 25 anos e o uruguaio Sesini foi condenado a 13 anos e 8 meses de prisão no Brasil.
A Justiça uruguaia teria entendido, conforme legislação daquele país, que os dois não cometeram crimes, por isso negou a extradição.
Outro lado
A reportagem não conseguiu falar com os advogados de Arcanjo. Anteriormente, eles negaram que ele tivesse ligação com o crime organizado.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre ex-policial civil João Arcanjo Ribeiro
Justiça uruguaia autoriza extradição do ex-policial Arcanjo
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da Agência Folha, em Campo Grande
A Justiça uruguaia autorizou ontem a extradição do ex-policial civil João Arcanjo Ribeiro, 53, condenado pela acusação de comandar o crime organizado em Mato Grosso. Ele está preso desde abril de 2003 em Montevidéu, capital do Uruguai, por uso de documento falso.
O juiz Julier Sebastião da Silva, da 1ª Vara Federal de Cuiabá, disse que a Embaixada do Brasil no Uruguai confirmou ontem que a Justiça uruguaia decidiu pela extradição.
Silva afirmou que espera receber a sentença do Tribunal de Apelações Penais, da 2ª Turma do Uruguai, para definir a data da extradição e o dia do interrogatório de Arcanjo no Brasil.
Arcanjo, que deverá ser ouvido também pela CPI do Banestado, ficará preso na ala federal do presídio de Cuiabá (MT), afirmou o juiz.
Os advogados de Arcanjo podem recorrer à corte suprema do Uruguai, mas segundo o juiz, se isso ocorrer, a decisão será rápida.
Segundo informações recebidas pela Embaixada brasileira, a Justiça uruguaia não aceitou as extradições de Sílvia Chirata, mulher de Arcanjo, e do uruguaio Adolfo Olivero Sesini. Os dois teriam sido colocados em liberdade após a decisão.
As extradições de Arcanjo, Chirata e Sesini haviam sido pedidas pelo Ministério da Justiça ao governo uruguaio no ano passado.
Em dezembro de 2003, a Justiça Federal em Cuiabá (MT) condenou Arcanjo a 37 anos de prisão por lavagem de dinheiro, formação de organização criminosa e crime contra o sistema financeiro.
Conhecido como "comendador", Arcanjo já havia sido condenado a sete anos por porte ilegal e contrabando de armas. Ele é acusado ainda de assassinatos.
Segundo o Ministério Público Estadual, o comendador mandou matar em setembro de 2002 o empresário Sávio Brandão, dono do jornal "Folha do Estado", que publicava reportagens sobre o crime organizado.
Por integrarem, segundo a Justiça brasileira, o crime organizado, Chirata recebeu pena de 25 anos e o uruguaio Sesini foi condenado a 13 anos e 8 meses de prisão no Brasil.
A Justiça uruguaia teria entendido, conforme legislação daquele país, que os dois não cometeram crimes, por isso negou a extradição.
Outro lado
A reportagem não conseguiu falar com os advogados de Arcanjo. Anteriormente, eles negaram que ele tivesse ligação com o crime organizado.
Especial
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