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27/01/2005 - 18h55

"Liberais" de Porto Alegre contestam Fórum Social Mundial

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CAIO JUNQUEIRA
Enviado da Folha Online a Porto Alegre

Assim como faz contraponto ao Fórum Econômico, o Fórum Social também tem sua oposição. Um grupo de "liberais" de Porto Alegre resolveu, nos seis dias do evento, ir às rádios e televisões locais para promover debates paralelos.

A iniciativa é do grupo Instituto Liberdade--antigo Instituto Liberal-- formado por advogados, empresários, e economistas, entre outros profissionais. "Os valores do instituto são de defesa da economia de mercado, das liberdades individuais, frente a qualquer tipo de totalitarismo ou excesso de poder", opinou o presidente do Instituto, o advogado Sérgio Lewin.

O instituto chegou a lançar um manifesto em que critica o que chama de "discurso único" do Fórum Social.

"A despeito do que sustentam os organizadores do FSM [Fórum Social Mundial], não existe pluralidade, se todos os debates e painéis denotam um discurso único, intolerante com as demais vertentes de pensamento, base das democracias liberais", afirma o documento.

Lewin disse apoiar a realização do evento em Porto Alegre, já que movimenta a economia da cidade e realiza o ideal de globalização, por atrair pessoas de todo o mundo. No entanto, na opinião do advogado, o encontro não deve ser realizado com verbas públicas porque é 'sectário'.

Dos R$15 milhões de custo do Fórum, R$ 6 milhões foram doados pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O governo do Estado, comandado por Germano Rigotto (PMDB), e a prefeitura, chefiada por José Fogaça (PPS), deram R$ 2 milhões cada um.

"Coisa de Estudante"

Para Lewin, muitas das discussões e comportamento dos freqüentadores do fórum são coisas "de estudante".

"Um outro fórum é possível, com diversidade, confraternização e no qual haja mais liberdade e não que tenha como única bandeira o socialismo. Isso engessa o fórum. Ele tem muito ódio, esse negócio da luta de classes, do antiamericanismo. Isso é coisa bobinha, de estudante", analisou.

O advogado afirmou ainda que o fórum "incorre em uma visão negativa da sociedade, do processo de globalização, dos novos avanços científicos e tecnológicos, sem oferecer alternativas concretas factíveis".

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