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14/02/2005 - 15h07

Lula diz que integrar América do Sul é prioridade da sua política externa

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da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira em Caracas, na Venezuela, que a integração dos países da América do Sul é a prioridade na política externa de seu governo.

"A integração da América do Sul é prioridade número um da política exterior de meu governo e ela exige um aumento das trocas comerciais, no contexto de um comércio regional mais equilibrado", disse.

Lula disse ter dedicado os dois primeiros anos de seu governo em unir os países da América do Sul. "Dediquei meus dois primeiros anos de mandato para dar uma contribuição para a construção de uma aliança muito forte na América do Sul. Terminamos no ano passado, em Cuzco, criando a comunidade Sul Americana de Nações. Não é tudo que nós queremos, mas já é muito se nós imaginarmos o que tínhamos há dois anos."

Assim como o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, costuma fazer em seus discursos, Lula também fez referência ao general Simón Bolívar (1783-1830), que lutou pela independência de países sul-americanos da Espanha.

"Se nós dedicarmos mais esses dois anos [de mandato] à integração da América do Sul, à política de complementaridade entre os países, certamente nós iremos dar um passo gigantesco e iremos perceber que os sonhos de Simão Bolívar estarão muito mais próximos de serem concluídos com a nossa atuação política ousada."

Para ele, o século 21 tem condições de ser o século da América Latina. "O século 19 e uma parte do século 20 foi europeu, uma outra parte do século 20 --a grande parte-- foi dos Estados Unidos. Se nós tivermos consciência e agirmos com ousadia, nós teremos condições de transformar o século 21 no século do Venezuela, do Brasil, da América do Sul, da América Latina."

Venezuela

Lula disse que seu encontro com Chávez "se dá em um momento em que nossos dois governos decidiram tornar realidade o sonho de forjar uma verdadeira aliança estratégica".

"Uma aliança estratégica profunda, que leve em conta a potencialidade, o conhecimento científico e tecnológico e a possibilidade da ajuda mútua entre os dois países. E tem que ser feito de uma forma tão sólida, que mesmo quando não existir mais Lula e Chávez, a sociedade da Venezuela e brasileira estejam com tanta convicção do processo para que ele tenha continuidade."

O presidente disse estar "feliz de estar aqui [na Venezuela] num momento bom da política da Venezuela" e ter ficado orgulhoso em saber "que o referendo consolidou, possivelmente, o momento mais importante da democracia na Venezuela".

No ano passado, Chávez venceu o primeiro referendo revogatório contra um chefe de governo da história da Venezuela.

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