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15/02/2005 - 11h19

Venda de caças do Brasil para Venezuela preocupa EUA

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VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online

As compras de armas feitas pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, primeiro na Rússia, e agora no Brasil, têm provocado temores no governo americano de que esteja em curso uma "corrida armamentista" entre o país e a Colômbia (vizinho que teria apoio dos EUA), diz a edição de hoje do jornal britânico "Financial Times".

Chávez e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinaram ontem um acordo que inclui a compra de ao menos uma dúzia de caças leves Super Tucano da Embraer, uma aeronave militar capaz de carregar 1.500 kg de armamentos.

Divulgação
Caça Super Tucano
"A compra de Super Tucanos do Brasil (...) deverá intensificar as preocupações do governo Bush sobre a potencial ameaça representada por Chávez para o governo do presidente colombiano Álvaro Uribe", diz o "FT".

O jornal americano "The New York Times" também traz reportagem sobre o assunto. O diário lembra a negociação entre os governos venezuelano e russo para a compra de até 50 caças Mig-29, 100 mil rifles de assalto Kalashnikov e 40 helicópteros.

O "NYT" lembra a "guerra de palavras cada vez mais tensa" em que estão envolvidos Chávez e o governo Bush desde que este último apoiou tacitamente um breve golpe contra Chávez, em 2002.

O Departamento de Estado dos EUA advertiu o governo russo na semana passada, segundo o "FT", sobre o "efeito desestabilizador no hemisfério" que a venda de armas pode causar. Chávez, por sua vez, rejeitou os temores dos EUA alegando "interferência" nos assuntos domésticos da Venezuela e ainda chamou os EUA de "Estado terrorista" por sua ação no Iraque.

Autoridades americanas e colombianas temem que as armas da Venezuela possam chegar às mãos das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), que tentam derrubar o presidente Uribe.

Analistas ouvidos pelo diário britânico dizem que os avanços da Venezuela na compra de armas podem levar a Colômbia a pedir um aumento da ajuda militar americana na região --ainda que isso não esteja na agenda de Washington, diz o "FT".

Analistas militares que estudam a região dizem, segundo o jornal americano "NYT", que a idéia da Venezuela de comprar caças brasileiros pode fazer parte apenas do interesse que tanto Venezuela quanto o Brasil têm em cooperar para patrulhar a Amazônia para coibir a ação de traficantes de drogas, que transportam cocaína pela floresta, bem como a ação de grupos armados colombianos.

Com agências internacionais

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