Publicidade
Publicidade
12/03/2005
-
09h48
KENNEDY ALENCAR
VALDO CRUZ
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A senadora Roseana Sarney (PFL-MA) transmitiu à cúpula do PT e ao governo a mensagem de que conviverá bem com petistas e que apoiará a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2006 se for nomeada ministra.
Ontem, ao saber que a pasta do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior poderia ser dividida para dar espaço na reforma ao PP, o ministro Luiz Fernando Furlan se reuniu com Lula e perguntou se era verdade. O presidente respondeu: "Lorota". E descartou a possibilidade.
Nos bastidores, Furlan ameaçava pedir demissão.
Em conversa anteontem com o presidente do PT, José Genoino, Roseana disse estar pronta "para trabalhar com o PT" em qualquer pasta. No Planalto, o recado entendido foi que ela aceitaria Cidades, onde há predominância de petistas, se for complicada a ida para outra pasta, como Integração Nacional ou Comunicações.
Integração Nacional, hoje de Ciro Gomes, é vista como grande para uma senadora que entra na cota de composição com o grupo político do ex-presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP).
O governo gostaria de usar a pasta de Ciro para atrair oposicionistas do PMDB, especialmente entre os 91 deputados. Roseana deu o recado de que aceita a tarefa. Se for ministra, romperá pontes com PFL e PSDB e articulará apoio para a reeleição de Lula .
Roseana tem pronta carta de desfiliação para entregar ao PFL, quando for oficializado o convite para assumir um ministério.
Num sinal de que anda difícil a composição com o PP, o governo voltou a pensar na divisão da pasta do Desenvolvimento.
Furlan cuidaria de sua especialidade, comércio exterior, e repassaria a política industrial a um nome do PP.
No partido, havia quem defendesse que Comércio Exterior pudesse ficar com os pepistas.
A idéia da divisão encontrou resistências em Furlan, tido como um dos ministros de melhores resultados da gestão, e também nos pepistas. Um nome aventado foi o do embaixador José Botafogo Gonçalves, que no governo FHC cuidou de comércio exterior e é ligado aos deputados pepistas Delfim Netto (SP) e Francisco Dornelles (RJ). A maioria dos deputados do PP, porém, prefere alguém ligado à bancada e que contemple também o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE).
O líder da bancada pepista na Câmara, José Janene (PR), indicou o diretor de Riscos e Propriedade do IRB (Instituto de Resseguros do Brasil), Luiz Eduardo Pereira de Lucena, o que não agrada ao governo federal. A pasta aventada é a de Comunicações
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Roseana Sarney
Roseana se diz pronta para ministério
Publicidade
VALDO CRUZ
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A senadora Roseana Sarney (PFL-MA) transmitiu à cúpula do PT e ao governo a mensagem de que conviverá bem com petistas e que apoiará a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2006 se for nomeada ministra.
Ontem, ao saber que a pasta do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior poderia ser dividida para dar espaço na reforma ao PP, o ministro Luiz Fernando Furlan se reuniu com Lula e perguntou se era verdade. O presidente respondeu: "Lorota". E descartou a possibilidade.
Nos bastidores, Furlan ameaçava pedir demissão.
Em conversa anteontem com o presidente do PT, José Genoino, Roseana disse estar pronta "para trabalhar com o PT" em qualquer pasta. No Planalto, o recado entendido foi que ela aceitaria Cidades, onde há predominância de petistas, se for complicada a ida para outra pasta, como Integração Nacional ou Comunicações.
Integração Nacional, hoje de Ciro Gomes, é vista como grande para uma senadora que entra na cota de composição com o grupo político do ex-presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP).
O governo gostaria de usar a pasta de Ciro para atrair oposicionistas do PMDB, especialmente entre os 91 deputados. Roseana deu o recado de que aceita a tarefa. Se for ministra, romperá pontes com PFL e PSDB e articulará apoio para a reeleição de Lula .
Roseana tem pronta carta de desfiliação para entregar ao PFL, quando for oficializado o convite para assumir um ministério.
Num sinal de que anda difícil a composição com o PP, o governo voltou a pensar na divisão da pasta do Desenvolvimento.
Furlan cuidaria de sua especialidade, comércio exterior, e repassaria a política industrial a um nome do PP.
No partido, havia quem defendesse que Comércio Exterior pudesse ficar com os pepistas.
A idéia da divisão encontrou resistências em Furlan, tido como um dos ministros de melhores resultados da gestão, e também nos pepistas. Um nome aventado foi o do embaixador José Botafogo Gonçalves, que no governo FHC cuidou de comércio exterior e é ligado aos deputados pepistas Delfim Netto (SP) e Francisco Dornelles (RJ). A maioria dos deputados do PP, porém, prefere alguém ligado à bancada e que contemple também o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE).
O líder da bancada pepista na Câmara, José Janene (PR), indicou o diretor de Riscos e Propriedade do IRB (Instituto de Resseguros do Brasil), Luiz Eduardo Pereira de Lucena, o que não agrada ao governo federal. A pasta aventada é a de Comunicações
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice
