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17/04/2005
-
14h57
da Folha Online
Mais de 500 índios de 114 etnias vão aproveitar o Dia Nacional do Índio, comemorado na próxima terça-feira, para pressionar o governo federal e o Poder Legislativo por melhorias na saúde pública nas aldeias.
Amanhã, os indígenas farão uma manifestação na Esplanada do Ministérios e terão um encontro com a Frente Parlamentar Indígena no Congresso Nacional.
Na terça-feira, será a vez de 70 caciques encontrarem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto para apresentar uma pauta de reivindicações que tem como prioridade a saúde indígena.
A morte de 21 crianças indígenas por desnutrição no estado do Mato Grosso do Sul, especialmente no município de Dourados (MS), provocou a reação de índios de todo o país, que temem que esse problema chegue a outras aldeias.
"Hoje temos mortalidade não apenas infantil, mas de adultos em muitas aldeias. Faltam médicos, medicamentos. Isso não é bom para nós", afirma Ngôtyk Kaiapó, que vive em uma aldeia no sul do Pará.
Caciques da tribo kaiapó do Mato Grosso, no entanto, decidiram administrar a saúde em 15 aldeias do Estado para evitar situações como a de Dourados.
Os kaiapós criaram uma associação que administra a saúde nas aldeias, contratando médicos, enfermeiros, dentistas e auxiliares com os recursos enviados pela Fundação Nacional da Saúde (Funasa). "Há quatro anos essa associação administra os recursos da Funasa. Os médicos vão lá uma vez por mês. Remédios, não faltam. Não temos nenhum branco no meio porque entendemos melhor das nossas necessidades", relata o cacique Puiu Txcarramã, que preside a associação.
Com as verbas da Funasa, a associação conseguiu construir um hospital em uma das aldeias kaiapó para atender a 3.900 índigenas, distribuídos em 8 milhões de hectares de terras. O cacique Puiu defende que outras etnias criem associações semelhante a dos kaiapó como forma de evitar mortes e doenças nas aldeias.
Com Agência Brasil
Indígenas reivindicam melhorias na saúde nas aldeias
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Mais de 500 índios de 114 etnias vão aproveitar o Dia Nacional do Índio, comemorado na próxima terça-feira, para pressionar o governo federal e o Poder Legislativo por melhorias na saúde pública nas aldeias.
Amanhã, os indígenas farão uma manifestação na Esplanada do Ministérios e terão um encontro com a Frente Parlamentar Indígena no Congresso Nacional.
Na terça-feira, será a vez de 70 caciques encontrarem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto para apresentar uma pauta de reivindicações que tem como prioridade a saúde indígena.
A morte de 21 crianças indígenas por desnutrição no estado do Mato Grosso do Sul, especialmente no município de Dourados (MS), provocou a reação de índios de todo o país, que temem que esse problema chegue a outras aldeias.
"Hoje temos mortalidade não apenas infantil, mas de adultos em muitas aldeias. Faltam médicos, medicamentos. Isso não é bom para nós", afirma Ngôtyk Kaiapó, que vive em uma aldeia no sul do Pará.
Caciques da tribo kaiapó do Mato Grosso, no entanto, decidiram administrar a saúde em 15 aldeias do Estado para evitar situações como a de Dourados.
Os kaiapós criaram uma associação que administra a saúde nas aldeias, contratando médicos, enfermeiros, dentistas e auxiliares com os recursos enviados pela Fundação Nacional da Saúde (Funasa). "Há quatro anos essa associação administra os recursos da Funasa. Os médicos vão lá uma vez por mês. Remédios, não faltam. Não temos nenhum branco no meio porque entendemos melhor das nossas necessidades", relata o cacique Puiu Txcarramã, que preside a associação.
Com as verbas da Funasa, a associação conseguiu construir um hospital em uma das aldeias kaiapó para atender a 3.900 índigenas, distribuídos em 8 milhões de hectares de terras. O cacique Puiu defende que outras etnias criem associações semelhante a dos kaiapó como forma de evitar mortes e doenças nas aldeias.
Com Agência Brasil
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