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Tarso diz que deixa governo com garantia de que "linha política" não mudará
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PHILLIP DÂNTOM
colaboração para a Folha Online
A poucos dias de deixar o Ministério da Justiça para se dedicar à campanha ao governo do Rio Grande do Sul, o ministro Tarso Genro aproveitou a abertura da 33ª Caravana da Anistia, em São Paulo, para fazer sua despedida pública da pasta. Em discurso, Tarso afirmou que está deixando o ministério com a garantia de que a linha política da pasta não vai mudar.
"Quando solicitei ao presidente [Luiz Inácio Lula da Silva] que me liberasse para uma nova tarefa política tão importante, ele relutou. Mas chegou um momento em que ele resolveu me liberar e me disse que a linha política, jurídica, institucional e programática do Ministério da Justiça, de todos os ângulos, não mudaria uma linha", disse o ministro.
Tarso anunciou na última terça-feira (2) que deixará o governo no próximo dia 10. Segundo o ministro, o presidente deve escolher o novo ocupante da pasta até o fim da semana. Entretanto, disse que sua participação na escolha será apenas com a opinião.
Após o evento, Tarso afirmou ter dito ao presidente Lula que tanto o secretário-executivo Luiz Paulo Teles quanto o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) têm as atribuições necessárias para ocupar o cargo. "Não sugeri, apenas disse que dois nomes seriam dois nomes compatíveis", disse.
O ministro também fez uma avaliação positiva sobre sua passagem pelo Ministério da Justiça. Citou o Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania), a reorganização das estratégias da Polícia Federal, a atuação da Secretaria de Direito Econômico e da Secretaria Nacional de Justiça, além da construção do pacto republicano. "Não realizei todas minhas utopias, mas nossa equipe trabalhou de forma harmônica para cumprir um programa", disse.
Recentemente, Tarso disse que seus compromissos no governo federal fizeram com que ele ficasse "bastante ausente" no Rio Grande do Sul, onde será candidato a governador nas próximas eleições.
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