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23/06/2005
-
13h34
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
A inauguração de um projeto que levou 20 anos para sair do papel não foi suficiente para aplacar as divergências entre os governos federal e do Estado do Rio de Janeiro.
O ex-governador fluminense Anthony Garotinho causou constrangimento em seu discurso de inauguração da Riopol (Rio Polímeros), um complexo gás-químico, ao atribuir o êxito da obra ao apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Garotinho afirmou que a realização do projeto fazia parte de seu plano estratégico para o Estado, que incluía a reabertura de estaleiros, a implantação de um pólo metal-mecânico no sul fluminense e o início das operações da Riopol.
O ex-governador atribuiu o sucesso do empreendimento à atuação do ex-presidente da Petrobras Philipe Reichstul, ao ex-presidente do BNDES, Andrea Calabi, e ao ex-presidente FHC, a quem elogiou também o relacionamento com os governadores.
"Ele sempre teve o espírito republicano. Nunca deixou de vir a esse Estado, nem de convidar o governador para recebê-lo", afirmou. Segundo Garotinho, atualmente a governadora toma conhecimento das visitas do presidente pelos jornais.
Segundo o relato do ex-governador, a assinatura da carta de intenções para a realização do projeto foi feita durante uma viagem de helicóptero da base aérea do Galeão ao Riocentro com o presidente FHC.
O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, retrucou os comentários afirmando que Garotinho não iria mais precisar atuar como um "despachante de luxo". Ele citou o projeto da ThyssenKrupp em Itaguaí (RJ) como sinal de melhoria na parceria do governo federal com o governo do Estado. "Essas coisas estão sendo feitas porque são política e não porque precisa pegar o presidente em helicóptero para assinar papel", afirmou.
Furlan afirmou ainda que o presidente Lula apóia empreendedores e atua em parceria com Estados e municípios. "Aprendi na escola que prioridade é quando se põe recursos e não quando se põe discursos", disse.
Garotinho ironizou as críticas do ministro e afirmou que não foi despachante apenas da Rio Polímeros, como também da Sadia, quando a empresa precisou de incentivos fiscais no Estado. "Eu sou uma pessoa muito despachada, gosto de trabalhar, não tenho nenhum problema de indisposição física", disse.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Riopol
Garotinho e Furlan trocam farpas na inauguração da Riopol
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da Folha Online, no Rio
A inauguração de um projeto que levou 20 anos para sair do papel não foi suficiente para aplacar as divergências entre os governos federal e do Estado do Rio de Janeiro.
O ex-governador fluminense Anthony Garotinho causou constrangimento em seu discurso de inauguração da Riopol (Rio Polímeros), um complexo gás-químico, ao atribuir o êxito da obra ao apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Garotinho afirmou que a realização do projeto fazia parte de seu plano estratégico para o Estado, que incluía a reabertura de estaleiros, a implantação de um pólo metal-mecânico no sul fluminense e o início das operações da Riopol.
O ex-governador atribuiu o sucesso do empreendimento à atuação do ex-presidente da Petrobras Philipe Reichstul, ao ex-presidente do BNDES, Andrea Calabi, e ao ex-presidente FHC, a quem elogiou também o relacionamento com os governadores.
"Ele sempre teve o espírito republicano. Nunca deixou de vir a esse Estado, nem de convidar o governador para recebê-lo", afirmou. Segundo Garotinho, atualmente a governadora toma conhecimento das visitas do presidente pelos jornais.
Segundo o relato do ex-governador, a assinatura da carta de intenções para a realização do projeto foi feita durante uma viagem de helicóptero da base aérea do Galeão ao Riocentro com o presidente FHC.
O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, retrucou os comentários afirmando que Garotinho não iria mais precisar atuar como um "despachante de luxo". Ele citou o projeto da ThyssenKrupp em Itaguaí (RJ) como sinal de melhoria na parceria do governo federal com o governo do Estado. "Essas coisas estão sendo feitas porque são política e não porque precisa pegar o presidente em helicóptero para assinar papel", afirmou.
Furlan afirmou ainda que o presidente Lula apóia empreendedores e atua em parceria com Estados e municípios. "Aprendi na escola que prioridade é quando se põe recursos e não quando se põe discursos", disse.
Garotinho ironizou as críticas do ministro e afirmou que não foi despachante apenas da Rio Polímeros, como também da Sadia, quando a empresa precisou de incentivos fiscais no Estado. "Eu sou uma pessoa muito despachada, gosto de trabalhar, não tenho nenhum problema de indisposição física", disse.
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