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23/06/2005
-
14h11
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O empresário Arthur Wascheck Neto, que depõe nesta quinta-feira na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista dos Correios, rebateu a afirmação do ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material Maurício Marinho de que há irregularidades nas licitações da estatal. Marinho prestou depoimento ontem à CPI.
Na avaliação do empresário, as fraudes ocorrem no momento posterior às licitações. "Tenho certeza absoluta disto", declarou em seu depoimento. A fraude, para ele, ocorre no momento da execução dos contratos. Wascheck lembrou que Marinho tinha poder para cobrar ou dispensar multa das empresas e para aceitar produtos fora das especificações.
Wascheck garantiu que nunca comprou agentes públicos para assegurar sua vitória em processos licitatórios. Segundo ele, os Correios devem à sua empresa, a Comercial Alvorada de Manufaturados, o valor de R$ 320 mil.
"É lícito lutar por um produto, mas nunca precisei usar outros meios em minhas relações para me firmar no mercado e sempre lutei contra esse tipo de coisa. Nunca paguei nada e não vou pagar. Quem quiser fazer que faça, mas não vou pagar", disse o empresário.
Ainda de acordo com Wascheck, sua empresa recebeu uma multa no valor de R$ 1 milhão por parte dos Correios. Na sua avaliação, as multas foram abusivas e estes valores se aplicaram somente à sua empresa.
"Outras tiveram a vida facilitada", disse. De acordo com Wascheck, ele tentou negociar, sem sucesso, com diretores dos Correios o pagamento desses valores. Pediu para que reconsiderassem as multas, mas os pedidos foram todos indeferidos.
O empresário avaliou também que Marinho estava tão seguro que nunca procurou averiguar quem estava lhe oferecendo dinheiro. "Ele não verificava nada. Quem era, por que era. Ele aceitava e pronto. A fita mostra isto claramente."
Segundo Wascheck, Marinho é "falastrão" e "bravateiro" e havia vários comentários, dentro dos próprios Correios, que afirmavam que o ex-chefe de departamento aceitava propina. O empresário negou ter qualquer conhecimento do funcionamento da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e negou ter envolvimento com seus agentes.
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Wascheck diz que corrupção nos Correios ocorre nos contratos firmados
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da Folha Online, em Brasília
O empresário Arthur Wascheck Neto, que depõe nesta quinta-feira na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista dos Correios, rebateu a afirmação do ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material Maurício Marinho de que há irregularidades nas licitações da estatal. Marinho prestou depoimento ontem à CPI.
Na avaliação do empresário, as fraudes ocorrem no momento posterior às licitações. "Tenho certeza absoluta disto", declarou em seu depoimento. A fraude, para ele, ocorre no momento da execução dos contratos. Wascheck lembrou que Marinho tinha poder para cobrar ou dispensar multa das empresas e para aceitar produtos fora das especificações.
Alan Marques/FI |
Arthur Wascheck, em depoimento à CPI dos Correios |
"É lícito lutar por um produto, mas nunca precisei usar outros meios em minhas relações para me firmar no mercado e sempre lutei contra esse tipo de coisa. Nunca paguei nada e não vou pagar. Quem quiser fazer que faça, mas não vou pagar", disse o empresário.
Ainda de acordo com Wascheck, sua empresa recebeu uma multa no valor de R$ 1 milhão por parte dos Correios. Na sua avaliação, as multas foram abusivas e estes valores se aplicaram somente à sua empresa.
"Outras tiveram a vida facilitada", disse. De acordo com Wascheck, ele tentou negociar, sem sucesso, com diretores dos Correios o pagamento desses valores. Pediu para que reconsiderassem as multas, mas os pedidos foram todos indeferidos.
O empresário avaliou também que Marinho estava tão seguro que nunca procurou averiguar quem estava lhe oferecendo dinheiro. "Ele não verificava nada. Quem era, por que era. Ele aceitava e pronto. A fita mostra isto claramente."
Segundo Wascheck, Marinho é "falastrão" e "bravateiro" e havia vários comentários, dentro dos próprios Correios, que afirmavam que o ex-chefe de departamento aceitava propina. O empresário negou ter qualquer conhecimento do funcionamento da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e negou ter envolvimento com seus agentes.
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