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14/07/2005
-
21h25
da Folha Online
O diretor de marketing do Banco Brasil, Henrique Pizzolato, apontado como o mentor do patrocínio do show da dupla sertaneja na churrascaria Porcão, em Brasília (DF), no ano passado, aposentou-se do cargo, informou o banco.
Assume interinamente no lugar de Pizzolato o funcionário de carreira Paulo Rogério Caffarelli, 49. O funcionário é o atual diretor de logística da instituição e se afastará de sua função para assumir a direção de marketing. Caffarelli entrou no banco em 1981 e é graduado em Direito, com especialização em finanças, direito internacional e comércio exterior.
O episódio do show arranhou a imagem do diretor porque a renda do show foi revertida para a construção de uma nova sede para o PT e os diretores do BB foram acusados de improbidade administrativa.
Recentemente, Fernanda Karina Sommagio, ex-secretária do publicitário Marcos Valério, apontado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como operador do "mensalão", disse que Pizzolato fazia parte do círculo de contatos que o empresário tinha no governo.
A aposentadoria de Pizzolato ocorre pouco tempo após a saída de outros dois diretores do banco indicados pelo PT: Edson Monteiro e Luiz Eduardo Franco de Abreu, respectivamente, das vice-presidências de varejo e de finanças, no ínício do mês. Em abril, o presidente do BB, Cássio Casseb, foi substituído por Rossano Maranhão.
No ano passado, o BB comprou cerca de R$ 70 mil em ingressos do show, mas teve o dinheiro devolvido no final do mês passado depois da repercussão negativa. Na ocasião, o então tesoureiro do PT Delúbio Soares foi acusado de ter sido articulador do patrocínio do BB ao show que beneficiou o partido.
Após as acusações de improbidade administrativa, o Banco do Brasil decidiu limitar os poderes de Pizzolato.
Teria partido dele a autorização para gastar R$ 70 mil em ingressos do show da dupla Zezé di Camargo e Luciano, cuja renda foi revertida para a construção de uma nova sede do PT.
Em nota oficial, o BB informou que a instituição decidiu pela "redução das alçadas do comitê de administração da diretoria de Marketing, relativas à promoção de eventos, com ampliação do poder decisório do comitê de comunicação, fórum colegiado composto por diretores e altos executivos".
De acordo com o BB, o próprio Pizzolato teria sugerido a adoção dessa e de outras medidas, que foram entregues para o Comitê de Ética Pública. Uma cópia das medidas tomadas pelo BB também foi remetida para o Tribunal de Contas da União, Procuradoria Geral da República e Corregedoria Geral.
Além de limitar os poderes de Pizzolato, o BB passará a monitorar todas as decisões que forem tomadas pela diretoria de marketing.
O Banco disse ainda que iriam elaborar um "relatório mensal com acompanhamento detalhado das decisões ocorridas no âmbito da diretoria de marketing e comunicação e do comitê de comunicação".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Henrique Pizzolato
Leia a cobertura completa sobre o "mensalão"
Diretor acusado de relação com Valério pede aposentadoria e deixa BB
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O diretor de marketing do Banco Brasil, Henrique Pizzolato, apontado como o mentor do patrocínio do show da dupla sertaneja na churrascaria Porcão, em Brasília (DF), no ano passado, aposentou-se do cargo, informou o banco.
Assume interinamente no lugar de Pizzolato o funcionário de carreira Paulo Rogério Caffarelli, 49. O funcionário é o atual diretor de logística da instituição e se afastará de sua função para assumir a direção de marketing. Caffarelli entrou no banco em 1981 e é graduado em Direito, com especialização em finanças, direito internacional e comércio exterior.
O episódio do show arranhou a imagem do diretor porque a renda do show foi revertida para a construção de uma nova sede para o PT e os diretores do BB foram acusados de improbidade administrativa.
Recentemente, Fernanda Karina Sommagio, ex-secretária do publicitário Marcos Valério, apontado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como operador do "mensalão", disse que Pizzolato fazia parte do círculo de contatos que o empresário tinha no governo.
A aposentadoria de Pizzolato ocorre pouco tempo após a saída de outros dois diretores do banco indicados pelo PT: Edson Monteiro e Luiz Eduardo Franco de Abreu, respectivamente, das vice-presidências de varejo e de finanças, no ínício do mês. Em abril, o presidente do BB, Cássio Casseb, foi substituído por Rossano Maranhão.
No ano passado, o BB comprou cerca de R$ 70 mil em ingressos do show, mas teve o dinheiro devolvido no final do mês passado depois da repercussão negativa. Na ocasião, o então tesoureiro do PT Delúbio Soares foi acusado de ter sido articulador do patrocínio do BB ao show que beneficiou o partido.
Após as acusações de improbidade administrativa, o Banco do Brasil decidiu limitar os poderes de Pizzolato.
Teria partido dele a autorização para gastar R$ 70 mil em ingressos do show da dupla Zezé di Camargo e Luciano, cuja renda foi revertida para a construção de uma nova sede do PT.
Em nota oficial, o BB informou que a instituição decidiu pela "redução das alçadas do comitê de administração da diretoria de Marketing, relativas à promoção de eventos, com ampliação do poder decisório do comitê de comunicação, fórum colegiado composto por diretores e altos executivos".
De acordo com o BB, o próprio Pizzolato teria sugerido a adoção dessa e de outras medidas, que foram entregues para o Comitê de Ética Pública. Uma cópia das medidas tomadas pelo BB também foi remetida para o Tribunal de Contas da União, Procuradoria Geral da República e Corregedoria Geral.
Além de limitar os poderes de Pizzolato, o BB passará a monitorar todas as decisões que forem tomadas pela diretoria de marketing.
O Banco disse ainda que iriam elaborar um "relatório mensal com acompanhamento detalhado das decisões ocorridas no âmbito da diretoria de marketing e comunicação e do comitê de comunicação".
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