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30/07/2005
-
16h24
da Folha Online
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu divulgou neste sábado uma nota negando as informações de que Roberto Marques, que segundo ele é seu amigo, e não assessor, tenha feito saque de R$ 50 mil de uma das contas do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza. Segundo reportagem da revista "Veja", a Polícia Federal apreendeu no Banco Rural em Belo Horizonte uma lista com relação de pessoas autorizadas a retirar quantias da conta de Valério.
"Contesto taxativamente a suposição de que Roberto Marques, que é meu amigo, e não meu assessor, tenha sido autorizado a sacar dinheiro das contas de empresas do senhor Marcos Valério", diz Dirceu na nota.
De acordo com a reportagem da "Veja", o documento é um fax com papel timbrado do Banco Rural autorizando "Roberto Marques" a receber R$ 50 mil referente ao cheque 414270, da empresa SMPB Comunicação em uma agência da instituição em São Paulo.
O assessor de Dirceu negou ter feito saques no Banco Rural e disse que seu nome foi usado indevidamente. "Só pode ser então uma armação para complicar a vida do Zé Dirceu", afirmou à revista.
Na nota, Dirceu --que depois de deixar o Planalto assumiu o mandato de deputado federal por São Paulo-- afirma que está sendo desmoralizado às vésperas de seu depoimento ao Conselho de Ética da Câmara, marcado para a próxima terça-feira e negou que esteja mandando recados ao Palácio do Planalto. "Repilo absolutamente a afirmação de que estaria mandando recados ameaçadores ao governo"
"Desde que foi instalada a CPI dos Correios, o esforço para me envolver nas ilicitudes investigadas tem sido enorme. Da obstinação em quebrar meu sigilo bancário, fiscal e telefônico à persistência em pressionar depoentes com o objetivo de me incriminar", acrescentou.
Depoimento
Afastado do cenário político recente, Dirceu tem se concentrado na sua preparação para o depoimento de terça-feira.
O Conselho de Ética foi acionado depois que o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) denunciou o suposto esquema de pagamento de mesada a parlamentares da base aliada. Jefferson responde a processo de quebra de decoro parlamentar por apresentar as denúncias sem provas.
O deputado fluminense citou Dirceu como um dos protagonistas do esquema do "mensalão".
Dirceu deverá depor em um clima de completa animosidade. Conhecido por sua personalidade forte, o ex-ministro terá de enfrentar, além do conselho, uma possível antecipação de uma acareação com Jefferson, que já anunciou que irá acompanhar o depoimento na primeira fila. Pelo regimento, a condição de Jefferson lhe permite pedir a palavra e falar por dez minutos.
O ex-ministro passa o final de semana em Cruzeiro do Oeste, com o filho Zeca. Procurado por jornalistas, disse que não daria entrevistas porque queria descansar no final de semana.
Leia mais
Leia a íntegra da nota divulgada por José Dirceu
PF acha nome de assessor de Dirceu em lista de sacadores do Banco Rural
PT estuda pedir ampliação de quebra de sigilo de Valério para dez anos
Polícia Federal vai ouvir testemunhas para CPI dos Correios
Especial
Leia a cobertura completa sobre a CPI dos Correios
Dirceu diz que acusação sobre saques é "armação"
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O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu divulgou neste sábado uma nota negando as informações de que Roberto Marques, que segundo ele é seu amigo, e não assessor, tenha feito saque de R$ 50 mil de uma das contas do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza. Segundo reportagem da revista "Veja", a Polícia Federal apreendeu no Banco Rural em Belo Horizonte uma lista com relação de pessoas autorizadas a retirar quantias da conta de Valério.
"Contesto taxativamente a suposição de que Roberto Marques, que é meu amigo, e não meu assessor, tenha sido autorizado a sacar dinheiro das contas de empresas do senhor Marcos Valério", diz Dirceu na nota.
Adriano Machado/FI |
Jósé Dirceu, que vai depor no Conselho de Ética |
O assessor de Dirceu negou ter feito saques no Banco Rural e disse que seu nome foi usado indevidamente. "Só pode ser então uma armação para complicar a vida do Zé Dirceu", afirmou à revista.
Na nota, Dirceu --que depois de deixar o Planalto assumiu o mandato de deputado federal por São Paulo-- afirma que está sendo desmoralizado às vésperas de seu depoimento ao Conselho de Ética da Câmara, marcado para a próxima terça-feira e negou que esteja mandando recados ao Palácio do Planalto. "Repilo absolutamente a afirmação de que estaria mandando recados ameaçadores ao governo"
"Desde que foi instalada a CPI dos Correios, o esforço para me envolver nas ilicitudes investigadas tem sido enorme. Da obstinação em quebrar meu sigilo bancário, fiscal e telefônico à persistência em pressionar depoentes com o objetivo de me incriminar", acrescentou.
Depoimento
Afastado do cenário político recente, Dirceu tem se concentrado na sua preparação para o depoimento de terça-feira.
O Conselho de Ética foi acionado depois que o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) denunciou o suposto esquema de pagamento de mesada a parlamentares da base aliada. Jefferson responde a processo de quebra de decoro parlamentar por apresentar as denúncias sem provas.
O deputado fluminense citou Dirceu como um dos protagonistas do esquema do "mensalão".
Dirceu deverá depor em um clima de completa animosidade. Conhecido por sua personalidade forte, o ex-ministro terá de enfrentar, além do conselho, uma possível antecipação de uma acareação com Jefferson, que já anunciou que irá acompanhar o depoimento na primeira fila. Pelo regimento, a condição de Jefferson lhe permite pedir a palavra e falar por dez minutos.
O ex-ministro passa o final de semana em Cruzeiro do Oeste, com o filho Zeca. Procurado por jornalistas, disse que não daria entrevistas porque queria descansar no final de semana.
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