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08/08/2005 - 19h42

Relator da CPI vê indícios de lavagem de dinheiro nas contas de Valério

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PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília

O relator da CPI dos Correios, Osmar Serraglio (PMDB-PR), admitiu nesta segunda-feira haver indícios de lavagem de dinheiro envolvendo empresas que receberam valores do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza.

Para investigar os indícios, ele pediu para ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) levantamento de informações nos Estados Unidos, Panamá, Uruguai e Cayman sobre remessas de R$ 8 milhões feitas por quatro empresas: Athenas Trading, RS Empreendimentos e Participações, Link Trading e Guaranhuns.

Segundo o relator, o Coaf faz parte de um sistema internacional de controle das transações financeiras. Apesar de reconhecer que nem todos os países membros desse sistema apresentem o mesmo nível de abertura das informações, o relator manifestou confiança em obter respostas importantes para as investigações.

BC

Segundo o relator, o Banco Central foi alertado pelo Coaf sobre movimentações atípicas das empresas de Marcos Valério. Serraglio disse ainda que o Coaf apontou a "atipicidade das operações", mas evitou comentar se o BC tomou ou não providências para investigar essas movimentações.

"Os registros deles [Coaf] indicaram a atipicidade das operações que efetivamente existem. O Coaf não fiscaliza as operações bancárias. No sistema financeiro a fiscalização compete ao Banco Central", disse o relator.

Questionado sobre uma possível omissão do BC, Serraglio disse que seria uma "ilação" fazer tal afirmação. "Não posso afirmar isso sem saber que atitude o BC tomou. O BC pode ter auditorias em andamento", disse.

Sigilo telefônico

Serraglio também obteve hoje da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) a promessa de padronização das informações sobre a quebra de sigilos telefônicos fornecidas pelas operadoras de telefonia.

O relator argumentou que a CPI estava encontrando dificuldades em processar as informações sobre as ligações dos investigados por causa da forma como os dados estavam sendo apresentados pelas operadoras de telefonia.

Técnicos da Anatel e da Comissão definiram um padrão das informações para que os dados relativos às ligações telefônicas sejam entregues de forma que eles possam sem processados de forma automática pela CPI.

"Não tínhamos como processar as informações", disse o relator. Ele explicou que cada operadora utilizava um software diferente e remetia os dados priorizando determinadas informações.

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