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11/08/2005
-
20h30
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
A CPI dos Bingos deve chamar para depor novamente o advogado Rogério Tadeu Buratti após a constatação de que ele mentiu para a CPI durante seu depoimento na última terça-feira. Buratti havia afirmado não ter tido mais contato com o ministro Antonio Palocci desde que ele assumiu a Fazenda.
Entretanto, o relatório enviado à CPI pelo Ministério Público de São Paulo, com base na quebra do sigilo telefônico de Buratti, comprova que ele por diversas vezes telefonou para a casa de Palocci em Brasília.
De acordo com o relatório, as ligações para a casa de Palocci foram feitas também no período em que Buratti é acusado de ter intermediado a renovação do contrato entre a empresa Gtech e a Caixa Econômica Federal.
O presidente da CPI, senador Efraim Morais (PFL-PB), confirmou que a CPI pretende reconvocar todos os depoentes que mentirem na Comissão.
Ainda pelo relatório, Buratti fez várias ligações para Ralf Barquet Santos, então consultor da presidência da CEF, Marcelo Franzini, diretor da Aliança Assessoria Empresarial, e Geany Mary Córner, apontada na Polícia Federal como intermediadora de garotas de programa contratadas para festas bancadas pelo publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, operador financeiro do caixa dois do PT.
Buratti foi acusado de ter tentado extorquir R$ 6 milhões da Gtech para garantir para a empresa a concessão da exploração das loterias da CEF. Em seu depoimento na CPI dos Bingos, Buratti negou que tenha sido responsável pelo pedido de propina a dirigentes da Gtech.
De acordo com ele, funcionários da Gtech o procuraram, por indicação do advogado da empresa, Enrico Gianelle, para que ele atuasse como consultor. Teria recebido a oferta de ganhos que variariam de R$ 500 mil e R$ 16 milhões a depender dos termos do contrato renovado.
"O prestígio que eles disseram que eu tinha, depois de analisar meu currículo, era o de que teria facilidade para conversar com pessoas do governo, inclusive com o Palocci. Não aceitei porque não tinha meios de realizar o que eles me pediram", afirmou. Por mais de uma vez Buratti garantiu não ser amigo do ministro da Fazenda.
A assessoria de imprensa do ministro não se manifestou sobre o assunto.
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CPI dos Bingos encontra provas de que Buratti teve contato com Palocci
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da Folha Online, em Brasília
A CPI dos Bingos deve chamar para depor novamente o advogado Rogério Tadeu Buratti após a constatação de que ele mentiu para a CPI durante seu depoimento na última terça-feira. Buratti havia afirmado não ter tido mais contato com o ministro Antonio Palocci desde que ele assumiu a Fazenda.
Entretanto, o relatório enviado à CPI pelo Ministério Público de São Paulo, com base na quebra do sigilo telefônico de Buratti, comprova que ele por diversas vezes telefonou para a casa de Palocci em Brasília.
De acordo com o relatório, as ligações para a casa de Palocci foram feitas também no período em que Buratti é acusado de ter intermediado a renovação do contrato entre a empresa Gtech e a Caixa Econômica Federal.
O presidente da CPI, senador Efraim Morais (PFL-PB), confirmou que a CPI pretende reconvocar todos os depoentes que mentirem na Comissão.
Ainda pelo relatório, Buratti fez várias ligações para Ralf Barquet Santos, então consultor da presidência da CEF, Marcelo Franzini, diretor da Aliança Assessoria Empresarial, e Geany Mary Córner, apontada na Polícia Federal como intermediadora de garotas de programa contratadas para festas bancadas pelo publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, operador financeiro do caixa dois do PT.
Buratti foi acusado de ter tentado extorquir R$ 6 milhões da Gtech para garantir para a empresa a concessão da exploração das loterias da CEF. Em seu depoimento na CPI dos Bingos, Buratti negou que tenha sido responsável pelo pedido de propina a dirigentes da Gtech.
De acordo com ele, funcionários da Gtech o procuraram, por indicação do advogado da empresa, Enrico Gianelle, para que ele atuasse como consultor. Teria recebido a oferta de ganhos que variariam de R$ 500 mil e R$ 16 milhões a depender dos termos do contrato renovado.
"O prestígio que eles disseram que eu tinha, depois de analisar meu currículo, era o de que teria facilidade para conversar com pessoas do governo, inclusive com o Palocci. Não aceitei porque não tinha meios de realizar o que eles me pediram", afirmou. Por mais de uma vez Buratti garantiu não ser amigo do ministro da Fazenda.
A assessoria de imprensa do ministro não se manifestou sobre o assunto.
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