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15/08/2005
-
13h57
da Folha Online
O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza negou conhecer o lobista Nilton Monteiro e que não teria participado de reunião com ele e Cláudio Mourão, responsável pelas finanças de Eduardo Azeredo, candidato a governador de Minas Gerais em 1998. Valério também negou ter contas no exterior e que entregou na última CPI da Compra de Votos uma procuração ao presidente da comissão, senador Amir Lando (PMDB-RO) "dando-lhe plenos poderes de buscar recursos [no exterior] em nome do empresário e repatriá-los".
A nota foi uma reação à reportagem publicada na edição desta segunda-feira da Folha de S.Paulo, que traz uma entrevista com Nilton Monteiro, que assumiu a responsabilidade por ter repassado a parlamentares petistas uma lista com nomes de políticos de Minas Gerais que receberam dinheiro de Valério durante a campanha eleitoral de 1998.
Campanha de 1998
A lista foi considerada "apócrifa" pelos integrantes da comissão, mas provocou tumultos durante a sessão da CPI e, de forma indireta, a renúncia do vice-presidente da comissão Paulo Pimenta (PT-RS). Nesta entrevista, Monteiro afirma ainda que Valério teria conversado com ele sobre uma tentativa de "esquentar" R$ 40 milhões que o empresário manteria em contas no exterior.
Ainda de acordo com Monteiro, ele obteve a lista no final de 1998, quando cobrou do PSDB o pagamento por serviços prestados durante as eleições e que o rol dos sacadores teria sido entregue por João Heraldo de Lima, que foi secretário de Fazenda de Azeredo.
"Cobrava do João Heraldo pagamento dos R$ 80 mil. Ele foi ver se o débito aparecia na contabilidade da campanha. Não aparecia. Vi que eles não tinham interesse em me pagar. O Heraldo pediu a um funcionário para tirar cópia dos papéis. Consegui uma cópia e guardei por quase sete anos", afirmou Monteiro. O lobista ainda afirma que teve uma reunião com Valério e Cláudio Mourão, que também tinha dinheiro a receber da campanha de Azeredo, em julho, para discutir os pagamentos.
Nesta reunião, Valério teria discutido com Monteiro uma suposta tentativa de "esquentar" os R$ 40 milhões mantidos no exterior, de que o empresário precisaria para saldar compromissos no país.
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Valério nega conhecer lobista que repassou lista de sacadores
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O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza negou conhecer o lobista Nilton Monteiro e que não teria participado de reunião com ele e Cláudio Mourão, responsável pelas finanças de Eduardo Azeredo, candidato a governador de Minas Gerais em 1998. Valério também negou ter contas no exterior e que entregou na última CPI da Compra de Votos uma procuração ao presidente da comissão, senador Amir Lando (PMDB-RO) "dando-lhe plenos poderes de buscar recursos [no exterior] em nome do empresário e repatriá-los".
A nota foi uma reação à reportagem publicada na edição desta segunda-feira da Folha de S.Paulo, que traz uma entrevista com Nilton Monteiro, que assumiu a responsabilidade por ter repassado a parlamentares petistas uma lista com nomes de políticos de Minas Gerais que receberam dinheiro de Valério durante a campanha eleitoral de 1998.
Campanha de 1998
A lista foi considerada "apócrifa" pelos integrantes da comissão, mas provocou tumultos durante a sessão da CPI e, de forma indireta, a renúncia do vice-presidente da comissão Paulo Pimenta (PT-RS). Nesta entrevista, Monteiro afirma ainda que Valério teria conversado com ele sobre uma tentativa de "esquentar" R$ 40 milhões que o empresário manteria em contas no exterior.
Ainda de acordo com Monteiro, ele obteve a lista no final de 1998, quando cobrou do PSDB o pagamento por serviços prestados durante as eleições e que o rol dos sacadores teria sido entregue por João Heraldo de Lima, que foi secretário de Fazenda de Azeredo.
"Cobrava do João Heraldo pagamento dos R$ 80 mil. Ele foi ver se o débito aparecia na contabilidade da campanha. Não aparecia. Vi que eles não tinham interesse em me pagar. O Heraldo pediu a um funcionário para tirar cópia dos papéis. Consegui uma cópia e guardei por quase sete anos", afirmou Monteiro. O lobista ainda afirma que teve uma reunião com Valério e Cláudio Mourão, que também tinha dinheiro a receber da campanha de Azeredo, em julho, para discutir os pagamentos.
Nesta reunião, Valério teria discutido com Monteiro uma suposta tentativa de "esquentar" os R$ 40 milhões mantidos no exterior, de que o empresário precisaria para saldar compromissos no país.
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