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20/08/2005
-
10h16
RICARDO GALLO
da Folha Ribeirão
Isolado pelos ex-companheiros petistas, o advogado Rogério Buratti não suportava o fato de ter se tornado bode expiatório de denúncias de corrupção envolvendo o PT. "Ele me disse: "Estou a ponto de estourar. Não agüento mais. Qualquer hora eu explodo'", afirmou ontem Rosângela Buratti, 44, irmã do meio do advogado.
Em entrevista à Folha, Rosângela, demonstrando abatimento, afirmou que o irmão não pode ser único responsável pelas irregularidades das quais é acusado. Segundo ela, Buratti tem que ser punido, mas não sozinho. "Se o Rogério estivesse jogando lama, ele estaria jogando desde o começo. Mas ele ficou quieto até agora", disse ela, em tom indignado, e acrescentou: "Ele resolveu falar porque foi vergonhoso [colocá-lo como único culpado]. Por que só ele? Chega, né? Se ele tiver que pagar, que seja assim, mas que não seja só em cima dele. Sozinho não pode".
Ela não quis comentar especificamente a participação do ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda), mas, indiretamente, atestou que a fala do irmão à Polícia Civil e à Promotoria é verdadeira. "Por que ele mentiria? E eu sei que é verdade." Segundo Buratti, Palocci recebia R$ 50 mil mensais da empreiteira Leão Leão quando era prefeito de Ribeirão.
Moradora de Ribeirão Preto, Rosângela disse que a família se sente ameaçada com a possibilidade de Buratti ser morto. Mais: de acordo com ela, a maior ameaça vem do PT. "A gente, como família, claro que teme [ameaças de morte]. Teme porque existe muita maldade, tem muita gente ruim no PT, tem muita coisa ruim [que], sabe, para não ver seu nome envolvido, é fácil, né [matar]? Terminar com a vida dos outros é muito fácil."
Para a irmã do advogado, a prisão pelo Ministério Público Estadual foi injusta e exagerada. Buratti, na quarta-feira, foi algemado, exibido aos jornalistas e colocado na parte de trás do camburão. "É revoltante, mexe demais com a família toda. Ele não é nenhum bandido, não foi julgado. Não há prova concreta de nada."
Rosangela chegou a recomendar ao irmão que fosse ao depoimento de quarta, na delegacia seccional de Ribeirão, munido de habeas-corpus preventivo contra prisão. "Eu tinha quase certeza."
"Não conheço mais"
A ex-mulher de Rogério Buratti, Elza Buratti, afirmou que não conhece mais o ex-marido e, por isso, não poderia opinar sobre as declarações do advogado. "Olha, eu não o conheço mais. [Ele] Não é a pessoa com quem eu fui casada tanto tempo. Não reconheço isso", afirmou.
Apesar disso, ela foi à Seccional, conversou com Buratti após ele falar aos jornalistas e, depois, foi buscá-lo na porta do CDP.
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Buratti disse que iria "explodir", afirma irmã
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da Folha Ribeirão
Isolado pelos ex-companheiros petistas, o advogado Rogério Buratti não suportava o fato de ter se tornado bode expiatório de denúncias de corrupção envolvendo o PT. "Ele me disse: "Estou a ponto de estourar. Não agüento mais. Qualquer hora eu explodo'", afirmou ontem Rosângela Buratti, 44, irmã do meio do advogado.
Em entrevista à Folha, Rosângela, demonstrando abatimento, afirmou que o irmão não pode ser único responsável pelas irregularidades das quais é acusado. Segundo ela, Buratti tem que ser punido, mas não sozinho. "Se o Rogério estivesse jogando lama, ele estaria jogando desde o começo. Mas ele ficou quieto até agora", disse ela, em tom indignado, e acrescentou: "Ele resolveu falar porque foi vergonhoso [colocá-lo como único culpado]. Por que só ele? Chega, né? Se ele tiver que pagar, que seja assim, mas que não seja só em cima dele. Sozinho não pode".
Ela não quis comentar especificamente a participação do ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda), mas, indiretamente, atestou que a fala do irmão à Polícia Civil e à Promotoria é verdadeira. "Por que ele mentiria? E eu sei que é verdade." Segundo Buratti, Palocci recebia R$ 50 mil mensais da empreiteira Leão Leão quando era prefeito de Ribeirão.
Moradora de Ribeirão Preto, Rosângela disse que a família se sente ameaçada com a possibilidade de Buratti ser morto. Mais: de acordo com ela, a maior ameaça vem do PT. "A gente, como família, claro que teme [ameaças de morte]. Teme porque existe muita maldade, tem muita gente ruim no PT, tem muita coisa ruim [que], sabe, para não ver seu nome envolvido, é fácil, né [matar]? Terminar com a vida dos outros é muito fácil."
Para a irmã do advogado, a prisão pelo Ministério Público Estadual foi injusta e exagerada. Buratti, na quarta-feira, foi algemado, exibido aos jornalistas e colocado na parte de trás do camburão. "É revoltante, mexe demais com a família toda. Ele não é nenhum bandido, não foi julgado. Não há prova concreta de nada."
Rosangela chegou a recomendar ao irmão que fosse ao depoimento de quarta, na delegacia seccional de Ribeirão, munido de habeas-corpus preventivo contra prisão. "Eu tinha quase certeza."
"Não conheço mais"
A ex-mulher de Rogério Buratti, Elza Buratti, afirmou que não conhece mais o ex-marido e, por isso, não poderia opinar sobre as declarações do advogado. "Olha, eu não o conheço mais. [Ele] Não é a pessoa com quem eu fui casada tanto tempo. Não reconheço isso", afirmou.
Apesar disso, ela foi à Seccional, conversou com Buratti após ele falar aos jornalistas e, depois, foi buscá-lo na porta do CDP.
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