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21/08/2005
-
14h29
da Folha Online
O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, encerrou neste domingo a entrevista coletiva convocada para esclarecer e desmentir as acusações feitas contra ele pelo seu ex-assessor, Rogério Tadeu Buratti. A entrevista, que começou às 12h09, terminou às 14h21 --ou seja, durou duas horas e 12 minutos.
Na entrevista, Palocci negou as declarações de Buratti, disse que permanecerá à frente da Fazenda e que a economia é sólida o suficiente para não ser atingida por "falsas acusações"
"O trabalho realizado nesses dois últimos 2,5 anos [pelo governo] foi suficiente para posicionar a economia brasileira em condições de suportar qualquer turbulência e se manter firme, avante e com resultados e fundamentos sólidos", disse o ministro.
Na última sexta-feira, Buratti afirmou a promotores do Ministério Público do Estado de São Paulo que Palocci, quando ainda era prefeito de Ribeirão Preto, recebia R$ 50 mil por mês de empresa de lixo em troca de favorecimento em licitação.
No mesmo dia, quando Buratti acusou o ministro, o dólar chegou a subir mais de 4% durante o pregão e fechou em alta de 2,94%, a maior em quase 15 meses.
O ministro negou todas as acusações. "Queria negar categoricamente essas acusações. Negar com veemência porque são falsas. Eu não recebi nem autorizei ninguém a receber recursos para o diretório nacional ou outras instâncias."
Para piorar a situação, reportagem publicada pela revista "Veja" neste fim de semana diz que Buratti atuou como lobista de empresários de Ribeirão Preto junto ao gabinete de Palocci.
A entrevista deste domingo faz parte da operação que está sendo montada pelo governo Lula para "blindar Palocci" e evitar que as denúncias de corrupção afetem a economia.
Para acalmar o mercado, Palocci mencionou alguns resultados que serviriam para demonstrar a "solidez" da política econômica do país. Ele citou a lucratividade das empresas, os números sobre geração de empregos formais, entre outros. "O país está gerando empregos como nunca. Estamos gerando mais empregos do que todas as vagas abertas nos últimos 30 anos."
Além da entrevista, o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve declarar apoio ao ministro nos próximos dias, indicando que ele seguirá no cargo e que não haverá mudanças na política econômica.
Ontem, durante discurso na zona leste de São Paulo, Lula afirmou que o país enfrenta um "jogo rasteiro", mas que a "verdade vencerá". Ele, no entanto, não comentou diretamente as denúncias contra Palocci.
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O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, encerrou neste domingo a entrevista coletiva convocada para esclarecer e desmentir as acusações feitas contra ele pelo seu ex-assessor, Rogério Tadeu Buratti. A entrevista, que começou às 12h09, terminou às 14h21 --ou seja, durou duas horas e 12 minutos.
Na entrevista, Palocci negou as declarações de Buratti, disse que permanecerá à frente da Fazenda e que a economia é sólida o suficiente para não ser atingida por "falsas acusações"
"O trabalho realizado nesses dois últimos 2,5 anos [pelo governo] foi suficiente para posicionar a economia brasileira em condições de suportar qualquer turbulência e se manter firme, avante e com resultados e fundamentos sólidos", disse o ministro.
Na última sexta-feira, Buratti afirmou a promotores do Ministério Público do Estado de São Paulo que Palocci, quando ainda era prefeito de Ribeirão Preto, recebia R$ 50 mil por mês de empresa de lixo em troca de favorecimento em licitação.
No mesmo dia, quando Buratti acusou o ministro, o dólar chegou a subir mais de 4% durante o pregão e fechou em alta de 2,94%, a maior em quase 15 meses.
O ministro negou todas as acusações. "Queria negar categoricamente essas acusações. Negar com veemência porque são falsas. Eu não recebi nem autorizei ninguém a receber recursos para o diretório nacional ou outras instâncias."
Para piorar a situação, reportagem publicada pela revista "Veja" neste fim de semana diz que Buratti atuou como lobista de empresários de Ribeirão Preto junto ao gabinete de Palocci.
A entrevista deste domingo faz parte da operação que está sendo montada pelo governo Lula para "blindar Palocci" e evitar que as denúncias de corrupção afetem a economia.
Para acalmar o mercado, Palocci mencionou alguns resultados que serviriam para demonstrar a "solidez" da política econômica do país. Ele citou a lucratividade das empresas, os números sobre geração de empregos formais, entre outros. "O país está gerando empregos como nunca. Estamos gerando mais empregos do que todas as vagas abertas nos últimos 30 anos."
Além da entrevista, o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve declarar apoio ao ministro nos próximos dias, indicando que ele seguirá no cargo e que não haverá mudanças na política econômica.
Ontem, durante discurso na zona leste de São Paulo, Lula afirmou que o país enfrenta um "jogo rasteiro", mas que a "verdade vencerá". Ele, no entanto, não comentou diretamente as denúncias contra Palocci.
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