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21/08/2005 - 15h23

PSDB e PFL elogiam Palocci e decisão de manter política econômica

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FABIANA FUTEMA
da Folha Online

A entrevista concedida neste domingo pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci, foi bem-recebida por integrantes do PFL e PSDB --partidos que fazem oposição ao governo. Na entrevista, que durou mais de duas horas, Palocci negou as acusações feitas pelo advogado e ex-assessor Rogério Tadeu Buratti, disse que permanecerá no cargo e que não mudará os rumos da política econômica.

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), que na última sexta-feira havia afirmado que as denúncias contra Palocci eram 'graves', hoje disse que o ministro 'foi bem' e 'preparou a abertura suave dos mercados amanhã'.

Ele considerou importante Palocci ter deixado claro que Lula decidiu mantê-lo no cargo e que a política econômica não vai mudar com ou sem ele à frente da pasta.

'Acredito que [Palocci] deva ter desestressado o sistema financeiro. Se ele não falasse seria um horror', afirmou o tucano.

Virgílio também afirmou que o PSDB não pretende convocar Palocci para depor em algumas da CPIs que investigam a corrupção no governo Lula a não ser que surjam fatos novos. 'Pelo cargo que ele ocupa, não pode ficar exposto. Vamos tratar isso com cuidado para não prejudicarmos a economia', disse.

Já líder da minoria na Câmara, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), disse que Palocci falou "com segurança, mostrou tranqüilidade e não atacou diretamente Buratti". "Ele [Palocci] disse o que o mercado queria saber: não vai haver alteração na política econômica. E ele continuará no ministério."

Na avaliação de Aleluia, essas duas informações são suficientes para acalmar o mercado financeiro. "O mercado não quer saber se as acusações são verdadeiras ou não. O mercado está preocupado com os rumos da política econômica e se ele será mantido ou não no cargo."

Aleluia disse ainda que o presidente Lula deveria se espelhar no exemplo de Palocci ao elaborar seu plano de comunicação e gerenciamento da crise. "

"Não podemos confundir. A crise de Lula não é a crise de Palocci. Lula deveria se espelhar em Palocci e tratar a crise com serenidade e não com bravata e soberba."

Para o líder do PSDB na Câmara dos Vereadores de São Paulo, José Aníbal, Palocci conseguiu se contrapor a todas as acusações envolvendo o seu nome nos últimos dias.

Na última sexta-feira, Buratti afirmou a promotores do Ministério Público do Estado de São Paulo que Palocci, quando ainda era prefeito de Ribeirão Preto, recebia R$ 50 mil por mês de empresa de lixo em troca de favorecimento em licitação.

Além disso, reportagem publicada pela revista "Veja" neste final de semana diz que Buratti atuou como lobista de empresários de Ribeirão Preto junto ao gabinete de Palocci.

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