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Câmara vai rever pagamento de R$ 16.500 para quem retorna à Casa, diz Temer
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MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília
O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), afirmou nesta terça-feira que vai mandar rever um ato da Mesa Diretora que assegura o pagamento de R$ 16.500 --o equivalente a um salário-- aos deputados que retornam à Casa após período de licença. A ajuda de custo é utilizada para cobrir gastos, por exemplo, com transporte, mudança, hospedagem e alimentação.
A Câmara vai gastar neste mês R$ 274,5 mil a mais com o retorno de 15 parlamentares que deixaram os cargos de ministros, secretários estaduais ou municipais por causa das eleições de outubro. O auxílio garantido pelo ato é no mesmo valor do salário mensal de um parlamentar.
Temer disse que vai reavaliar a questão, mas não garantiu que o pagamento será cancelado. "Vou mandar rever. Vou examinar esse assunto também. Não vou falar em cancelar o pagamento", disse Temer.
Entre os beneficiados com a ajuda de custo estão os ex-ministros do governo Lula: Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), Reinhold Stephanes (Agricultura), José Pimentel (Previdência) e Edson Santos (Igualdade Racial). Os ex-ministros retomaram as atividades na Câmara, mas estão de olho nas eleições de outubro.
Geddel (PMDB-BA) disputa o governo da Bahia. Stephanes (PMDB-PR), Pimentel (PT-CE) e Santos (PT-RJ) vão tentar uma nova vaga na Câmara por mais quatro anos.
Pela legislação eleitoral, ocupantes de cargos no Executivo são obrigados a deixarem suas funções até seis meses antes do pleito se forem disputar as urnas.
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