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23/08/2005
-
17h53
LÚCIA BAKOS
da Folha Online
O Ministério Público de São Paulo informou nesta terça-feira que ainda aguarda o pedido de delação premiada do advogado e ex-assessor do ministro da Fazenda Antonio Palocci --quando ele ainda era prefeito de Ribeirão Preto (SP)--, Rogério Tadeu Buratti.
"A delação premiada é a possibilidade que pode ser avaliada pelo juiz, mas ela [a delação] ainda não foi efetivada", disse o promotor de Justiça de Ribeirão Preto Aroldo Costa Filho, por meio da assessoria do Ministério Público. O promotor também informou que Buratti teve a prisão preventiva decretada quinta-feira passada somente por "ocultação e sumiço de documentos importantes". Como os documentos foram recuperados, ele foi solto na última sexta-feira.
Nesta tarde, Buratti tentou ser localizado por integrantes da CPI dos Bingos.
A assessoria de imprensa da Polícia Federal em Brasília disse que o delegado Nilton Siqueira, que acompanha os depoimentos, teve hoje um encontro informal com representantes da CPI dos Bingos. Na ocasião, teria ficado acertado entre eles que quem localizasse primeiro Buratti informaria imediatamente.
No entanto, o advogado de Buratti, Roberto Lopes Telhada, esteve na tarde desta segunda-feira na CPI dos Bingos e pediu o adiamento do depoimento de seu cliente à comissão, marcado para esta quarta-feira.
Telhada recebeu e assinou a convocação para que seu cliente preste depoimento na CPI, mas pediu o adiamento alegando que Buratti está com problemas de saúde. Se Buratti, que está em São Paulo, não puder depor amanhã, ele irá falar à CPI na próxima quinta-feira. Esta é a segunda vez que o advogado presta depoimento à CPI dos Bingos. No dia 09 de agosto, Buratti falou à comissão, mas omitiu fatos que revelou no seu depoimento da última sexta-feira à polícia.
Endereços
A assessoria de imprensa da PF também informou que Buratti teria fornecido vários endereços à comissão, entre eles os de Ribeirão Preto e do estado de Minas Gerais, mas não foi localizado em nenhum deles nesta segunda-feira, motivo pelo qual a CPI dos Bingos decidiu pedir ajuda à PF.
Quanto ao interesse da PF em localizar Buratti mesmo sem uma solicitação formal, o motivo estaria relacionado com um novo depoimento do advogado a ser marcado logo após ele falar à CPI, já que durante o interrogatório da última sexta-feira em Ribeirão o advogado citou o pagamento de propinas no valor de R$ 50 mil mensais.
Acusado de crime de lavagem de dinheiro e tentativa de destruição de documento, Buratti foi preso na quarta-feira passada, mas, na sexta-feira prestou depoimento e foi liberado. Durante o interrogatório divulgado pelo promotor Sebastião Sérgio da Silveira, do Gaerco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado), ele afirmou ao Ministério Público paulista que Palocci recebeu, entre os anos de 2001 e 2002, R$ 50 mil por mês para favorecer a empresa coletora de lixo Leão Leão em licitações da prefeitura da cidade.
O dinheiro pago a Palocci, segundo Buratti, seria depois repassado ao ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, que já admite ter montado um esquema de caixa dois para financiar campanhas políticas do partido.
Em entrevista coletiva neste domingo, o ministro negou as denúncias e disse que o contrato com a Leão Leão foi feito um ou dois anos antes de seu governo. Ele disse ainda que não recebeu e não autorizou que recebessem recursos para o diretório do PT ou para outras instâncias do partido durante seu período na prefeitura ou qualquer outro período.
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da Folha Online
O Ministério Público de São Paulo informou nesta terça-feira que ainda aguarda o pedido de delação premiada do advogado e ex-assessor do ministro da Fazenda Antonio Palocci --quando ele ainda era prefeito de Ribeirão Preto (SP)--, Rogério Tadeu Buratti.
"A delação premiada é a possibilidade que pode ser avaliada pelo juiz, mas ela [a delação] ainda não foi efetivada", disse o promotor de Justiça de Ribeirão Preto Aroldo Costa Filho, por meio da assessoria do Ministério Público. O promotor também informou que Buratti teve a prisão preventiva decretada quinta-feira passada somente por "ocultação e sumiço de documentos importantes". Como os documentos foram recuperados, ele foi solto na última sexta-feira.
Nesta tarde, Buratti tentou ser localizado por integrantes da CPI dos Bingos.
A assessoria de imprensa da Polícia Federal em Brasília disse que o delegado Nilton Siqueira, que acompanha os depoimentos, teve hoje um encontro informal com representantes da CPI dos Bingos. Na ocasião, teria ficado acertado entre eles que quem localizasse primeiro Buratti informaria imediatamente.
No entanto, o advogado de Buratti, Roberto Lopes Telhada, esteve na tarde desta segunda-feira na CPI dos Bingos e pediu o adiamento do depoimento de seu cliente à comissão, marcado para esta quarta-feira.
Telhada recebeu e assinou a convocação para que seu cliente preste depoimento na CPI, mas pediu o adiamento alegando que Buratti está com problemas de saúde. Se Buratti, que está em São Paulo, não puder depor amanhã, ele irá falar à CPI na próxima quinta-feira. Esta é a segunda vez que o advogado presta depoimento à CPI dos Bingos. No dia 09 de agosto, Buratti falou à comissão, mas omitiu fatos que revelou no seu depoimento da última sexta-feira à polícia.
Endereços
A assessoria de imprensa da PF também informou que Buratti teria fornecido vários endereços à comissão, entre eles os de Ribeirão Preto e do estado de Minas Gerais, mas não foi localizado em nenhum deles nesta segunda-feira, motivo pelo qual a CPI dos Bingos decidiu pedir ajuda à PF.
Quanto ao interesse da PF em localizar Buratti mesmo sem uma solicitação formal, o motivo estaria relacionado com um novo depoimento do advogado a ser marcado logo após ele falar à CPI, já que durante o interrogatório da última sexta-feira em Ribeirão o advogado citou o pagamento de propinas no valor de R$ 50 mil mensais.
Acusado de crime de lavagem de dinheiro e tentativa de destruição de documento, Buratti foi preso na quarta-feira passada, mas, na sexta-feira prestou depoimento e foi liberado. Durante o interrogatório divulgado pelo promotor Sebastião Sérgio da Silveira, do Gaerco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado), ele afirmou ao Ministério Público paulista que Palocci recebeu, entre os anos de 2001 e 2002, R$ 50 mil por mês para favorecer a empresa coletora de lixo Leão Leão em licitações da prefeitura da cidade.
O dinheiro pago a Palocci, segundo Buratti, seria depois repassado ao ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, que já admite ter montado um esquema de caixa dois para financiar campanhas políticas do partido.
Em entrevista coletiva neste domingo, o ministro negou as denúncias e disse que o contrato com a Leão Leão foi feito um ou dois anos antes de seu governo. Ele disse ainda que não recebeu e não autorizou que recebessem recursos para o diretório do PT ou para outras instâncias do partido durante seu período na prefeitura ou qualquer outro período.
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