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25/08/2005 - 09h50

Buratti ligou 6 vezes para Palocci em 2003

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da Agência Folha, em Brasília

Um levantamento encaminhado pela operadora Intelig à CPI dos Bingos revela que o advogado Rogério Tadeu Buratti telefonou pelo menos seis vezes (28 minutos) para a casa do ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) em 2003 --quatro ligações foram realizadas no dia 24 de janeiro e duas no dia 6 de julho.

Outras 12 ligações foram efetuadas para o celular de Ademirson Ariovaldo da Silva, que é assessor especial do ministro. No total, os telefonemas para a casa de Palocci e para o celular de seu assessor especial somam quase 45 minutos.

Além de Palocci e de seu assessor, Buratti também telefonou pelo menos 14 vezes para o chefe-de-gabinete do ministro, Juscelino Antonio Dourado, que foi convocado anteontem para prestar depoimento à CPI dos Bingos.

Todas as ligações, de acordo com a Intelig, foram efetuadas por meio do celular do próprio advogado --os telefonemas para Dourado aconteceram entre 10 de janeiro e 2 de agosto de 2003.

Buratti, ex-secretário de Governo de Ribeirão Preto (SP) entre 1993 e 1994, quando Palocci foi prefeito da cidade pela primeira vez, depõe hoje à CPI dos Bingos.

No último domingo, em entrevista --e anteriormente em nota distribuída à imprensa--, o ministro Palocci admitiu que pode ter conversado por telefone "uma vez ou outra" com Buratti, mas ressaltou que não se lembrava do conteúdo das ligações.

Na nota oficial, o ministro alegou que recebeu "dois ou três telefonemas" de Buratti para sua residência, mas as ligações foram "provavelmente tentativas de contato que não prosperaram".

Antes do relatório de ontem, os integrantes da CPI tinham conhecimento de apenas três ligações de Buratti para Palocci --duas ligações na madrugada em 7 de fevereiro de 2004 e uma ligação duas semanas depois, em 21 de fevereiro. Juntas, as três ligações somam pouco mais de cinco minutos.

A assessoria de imprensa da Fazenda informou ontem à noite que ainda não havia checado a veracidade dos telefonemas de Buratti para a casa de Palocci.

Na semana passada, em depoimento ao Ministério Público Estadual, o advogado acusou o ministro de receber, entre 2001 e 2002, uma "mesada" de R$ 50 mil da empreiteira Leão Leão que presta serviços à Prefeitura de Ribeirão Preto. O dinheiro seria repassado ao PT. O ministro negou todas as acusações.

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