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25/08/2005
-
13h36
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O advogado Rogério Tadeu Buratti disse nesta quinta-feira, em depoimento à CPI dos Bingos, que nunca foi operador do PT ou traficou influência. "Nunca fui operador do PT, nunca carreguei dinheiro do partido", declarou. Buratti disse que sua prisão faz parte de um jogo e que ele é agora o "emblema da vez".
Buratti foi assessor do ministro da Fazenda Antonio Palocci durante a gestão do petista na prefeitura de Ribeirão Preto (1993-1997), mas foi exonerado em 1994 devido a suspeitas de corrupção.
Preso na semana passada, Buratti prestou depoimento em Ribeirão Preto e acusou Palocci de receber R$ 50 mil por mês de empresas de recolhimento de lixo à época em que era prefeito da cidade. O ministro negou as acusações.
À CPI, o ex-assessor de Palocci disse que hoje não se sente abandonado pelo PT. "O abandono ocorreu em 1994", disse em referência às acusações que sofreu na ocasião. "Até hoje não sofri nenhum tipo de processo, fui inocentado pelos órgãos competentes. Sofri uma perseguição pessoal profunda no PT."
Este é o segundo depoimento que o advogado presta à CPI dos Bingos. Buratti é acusado de ter tentado extorquir R$ 6 milhões da Gtech para garantir à empresa a concessão da exploração das loterias da CEF (Caixa Econômica Federal), um contrato no valor de R$ 650 milhões, acusação já negada pelo advogado.
Ministério Público
A sessão da CPI dos Bingos teve início por volta do meio-dia. Buratti fez uma exposição inicial rápida, na qual tratou somente de assuntos pessoais que foram divulgados na imprensa. Ele criticou a conduta de alguns veículos de comunicação e afirmou que algumas das informações divulgadas não teriam interesse público.
Após a fala, o senador Tião Viana (PT-AC) perguntou se Buratti não estava constrangido com a presença do promotor Aroldo Costa Filho, do Ministério Público de São Paulo, que foi até Brasília entregar à comissão cópia da investigação.
Viana disse ter certeza que o Ministério Público de São Paulo coagiu Buratti em seu depoimento em Ribeirão Preto. A declaração do senador petista provocou um debate na CPI. Governistas queriam que o procurador se retirasse da sessão e membros da oposição se posicionaram contra.
"Não me sinto nem um pouco coagido. Decidi falar o que falei por tudo que passei", afirmou Buratti. Ao final, ficou decidido que o procurador permaneceria no plenário como ouvinte.
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da Folha Online, em Brasília
O advogado Rogério Tadeu Buratti disse nesta quinta-feira, em depoimento à CPI dos Bingos, que nunca foi operador do PT ou traficou influência. "Nunca fui operador do PT, nunca carreguei dinheiro do partido", declarou. Buratti disse que sua prisão faz parte de um jogo e que ele é agora o "emblema da vez".
Buratti foi assessor do ministro da Fazenda Antonio Palocci durante a gestão do petista na prefeitura de Ribeirão Preto (1993-1997), mas foi exonerado em 1994 devido a suspeitas de corrupção.
Beto Baptista/Folha Imagem |
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O advogado Rogério Tadeu Buratti |
À CPI, o ex-assessor de Palocci disse que hoje não se sente abandonado pelo PT. "O abandono ocorreu em 1994", disse em referência às acusações que sofreu na ocasião. "Até hoje não sofri nenhum tipo de processo, fui inocentado pelos órgãos competentes. Sofri uma perseguição pessoal profunda no PT."
Este é o segundo depoimento que o advogado presta à CPI dos Bingos. Buratti é acusado de ter tentado extorquir R$ 6 milhões da Gtech para garantir à empresa a concessão da exploração das loterias da CEF (Caixa Econômica Federal), um contrato no valor de R$ 650 milhões, acusação já negada pelo advogado.
Ministério Público
A sessão da CPI dos Bingos teve início por volta do meio-dia. Buratti fez uma exposição inicial rápida, na qual tratou somente de assuntos pessoais que foram divulgados na imprensa. Ele criticou a conduta de alguns veículos de comunicação e afirmou que algumas das informações divulgadas não teriam interesse público.
Após a fala, o senador Tião Viana (PT-AC) perguntou se Buratti não estava constrangido com a presença do promotor Aroldo Costa Filho, do Ministério Público de São Paulo, que foi até Brasília entregar à comissão cópia da investigação.
Viana disse ter certeza que o Ministério Público de São Paulo coagiu Buratti em seu depoimento em Ribeirão Preto. A declaração do senador petista provocou um debate na CPI. Governistas queriam que o procurador se retirasse da sessão e membros da oposição se posicionaram contra.
"Não me sinto nem um pouco coagido. Decidi falar o que falei por tudo que passei", afirmou Buratti. Ao final, ficou decidido que o procurador permaneceria no plenário como ouvinte.
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