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25/08/2005 - 16h34

Donos de bingo pediram renovação de contrato com a Gtech, diz Buratti

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

O advogado Rogério Tadeu Buratti afirmou nesta quinta-feira que os donos das casas de bingos do Rio de Janeiro e de São Paulo contribuíram com o financiamento da campanha eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em depoimento nesta quinta-feira na CPI dos Bingos, ele também disse que a renovação do contrato entre a Caixa Econômica Federal e a empresa Gtech "era um dos itens do acordo para a contribuição de campanha do grupo do Rio de Janeiro".

Buratti reafirmou que os donos de casas de jogos de São Paulo contribuíram com cerca de R$ 1 milhão para a campanha eleitoral petista. Ele disse acreditar que o mesmo valor foi doado pelo grupo do Rio.

Lula Marques/Folha Imagem
O advogado Rogério Tadeu Buratti
O advogado Rogério Tadeu Buratti
Segundo Buratti, o acordo fechado com o grupo do Rio previa a participação de representantes do grupo na elaboração da legislação que trataria da regulamentação do jogo no Brasil e "o compromisso de renovação do contrato entre a Caixa e a Gtech".

"No Rio, as empresas eram levadas diretamente ao comitê de campanha do presidente. E lá, pelo que o Ralf [Barquete, ex-assessor de Palocci] me disse, elas eram recebidas por pessoas ligadas ao Waldomiro [Diniz]", disse Buratti.

Waldomiro Diniz

Buratti não soube dizer quem lhe deu estas informações, mas segundo ele ouviu, o acordo foi negociado por Waldomiro Diniz, que comandava a Loterj (Loteria do Rio de Janeiro) e que foi assessor do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

Ainda em seu depoimento na CPI, Buratti afirmou não conhecer pessoalmente Diniz e que nunca esteve no Palácio do Planalto. Ele confirmou, no entanto, sua amizade com Juscelino Dourado, chefe de gabinete de Palocci na Fazenda. O advogado também confirmou ter feito várias ligações para Palocci e Juscelino.

Buratti é acusado de ter tentado extorquir R$ 6 milhões da Gtech para garantir à empresa a concessão da exploração das loterias da CEF (Caixa Econômica Federal), um contrato no valor de R$ 650 milhões, acusação já negada pelo advogado.

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