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25/08/2005
-
18h58
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O depoimento do advogado Rogério Tadeu Buratti nesta quinta-feira dividiu os membros da CPI dos Bingos em dois grupos. Uma parte dos senadores quer a convocação do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e a outra acha que é prematuro convocá-lo neste momento.
Considerado o mais forte depoimento prestado na comissão até o momento, a oitiva de Buratti preocupou o relator da CPI, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN). "O depoimento trouxe um indicativo forte de arrecadação de recursos junto a bingos, prefeituras do interior e até da Multinacional Gtech. Acho que as investigações devem continuar, mas não posso dizer desde logo que o ministro deva ser convocado", disse.
Já senador Tião Viana (PT-AC) desqualificou o depoimento. Segundo ele, o ex-assessor da Prefeitura de Ribeirão Preto na gestão Palocci "jogou palavras ao vento".
"Não precisa convocar o ministro. Ficou claro que ele [Buratti] não tem provas, a não ser a palavra de um homem que já morreu", avaliou Viana.
Para Tião Viana, Buratti inocentou o ministro da Fazenda ao confirmar que acredita que Palocci é um homem "sério, íntegro, honrado". Buratti afirmou em depoimento à CPI que a Prefeitura de Ribeirão Preto, na gestão de Palocci, recebia R$ 50 mil de propina da empresa coletora de lixo Leão Leão.
"Ele, no entanto, disse que não viu qualquer negociata do ministro, que nunca viu o ministro pegar dinheiro ou dar ordem para receber dinheiro", disse Viana.
O senador petista avaliou ainda que o mercado financeiro já está tranqüilo e que hoje não houve reação às declarações porque a defesa de Palocci foi "convincente e enfática, o que dispensa a sua convocação."
No entanto, na avaliação da oposição, a sessão foi "no mínimo preocupante", conforme disse o senador Romeu Tuma (PFL-SP).
Segundo ele, Buratti prestou um depoimento sincero e convincente. O parlamentar disse que não foi surpresa a declaração do advogado de que as casas de bingo contribuíram para a campanha petista. "Há dois meses recebi informações neste sentido e quero investigar se as denúncias são verdadeiras."
Tuma e os senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), Alvaro Dias (PSDB-PR) e José Jorge (PFL-PE) foram contrários à opinião do relator e acham que já há elementos suficientes para uma convocação imediata do ministro da Fazenda.
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Depoimento de Buratti divide integrantes da CPI dos Bingos
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da Folha Online, em Brasília
O depoimento do advogado Rogério Tadeu Buratti nesta quinta-feira dividiu os membros da CPI dos Bingos em dois grupos. Uma parte dos senadores quer a convocação do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e a outra acha que é prematuro convocá-lo neste momento.
Considerado o mais forte depoimento prestado na comissão até o momento, a oitiva de Buratti preocupou o relator da CPI, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN). "O depoimento trouxe um indicativo forte de arrecadação de recursos junto a bingos, prefeituras do interior e até da Multinacional Gtech. Acho que as investigações devem continuar, mas não posso dizer desde logo que o ministro deva ser convocado", disse.
Já senador Tião Viana (PT-AC) desqualificou o depoimento. Segundo ele, o ex-assessor da Prefeitura de Ribeirão Preto na gestão Palocci "jogou palavras ao vento".
"Não precisa convocar o ministro. Ficou claro que ele [Buratti] não tem provas, a não ser a palavra de um homem que já morreu", avaliou Viana.
Para Tião Viana, Buratti inocentou o ministro da Fazenda ao confirmar que acredita que Palocci é um homem "sério, íntegro, honrado". Buratti afirmou em depoimento à CPI que a Prefeitura de Ribeirão Preto, na gestão de Palocci, recebia R$ 50 mil de propina da empresa coletora de lixo Leão Leão.
"Ele, no entanto, disse que não viu qualquer negociata do ministro, que nunca viu o ministro pegar dinheiro ou dar ordem para receber dinheiro", disse Viana.
O senador petista avaliou ainda que o mercado financeiro já está tranqüilo e que hoje não houve reação às declarações porque a defesa de Palocci foi "convincente e enfática, o que dispensa a sua convocação."
No entanto, na avaliação da oposição, a sessão foi "no mínimo preocupante", conforme disse o senador Romeu Tuma (PFL-SP).
Segundo ele, Buratti prestou um depoimento sincero e convincente. O parlamentar disse que não foi surpresa a declaração do advogado de que as casas de bingo contribuíram para a campanha petista. "Há dois meses recebi informações neste sentido e quero investigar se as denúncias são verdadeiras."
Tuma e os senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), Alvaro Dias (PSDB-PR) e José Jorge (PFL-PE) foram contrários à opinião do relator e acham que já há elementos suficientes para uma convocação imediata do ministro da Fazenda.
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