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30/08/2005 - 18h20

Gianelli volta atrás e diz que não sofreu ameaças

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

O advogado Enrico Gianelli voltou atrás no seu depoimento desta terça-feira na CPI dos Bingos e negou que tenha sofrido ameaças para não depor na comissão. Gianelli disse que foi advertido de que poderia perder o seu emprego e o seu registro na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) se falasse à CPI. O autor da advertência feita no ano de 2003 --quando ainda não havia investigação sobre o caso-- foi o ex-diretor de Marketing da Gtech Marcelo José Rovai.

Gianelli, que prestou depoimento por quase cinco horas, desistiu de falar em sessão reservada e com a orientação do seu advogado, Walther Bettrani Filho. Ele resolveu informar, em sessão aberta, que sofreu pressões por parte de Rovai para não depor. "Não posso dizer que ele era mandatário da Gtech, só que ele falava por ele mesmo", informou.

"Ele me disse que eu perderia o emprego e a OAB, se falasse à CPI", acrescentou. Gianelli caiu mais uma vez em contradição e depois de pressionado pela CPI confessou que a advertência foi feita por Rovai em 2003, quando não havia nenhuma investigação sobre o caso. Ele não soube explicar em quais circunstâncias esta "ameaça/advertência" foi feita.

"As contradições mostram que o depoimento dele foi totalmente inconsistente", avaliou o relator da CPI, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN).

Gianelli informou que já perdeu o seu emprego como advogado da Fischer e Foster Advogados. Ele disse ainda que antes da CEF (Caixa Econômica Federal) e a Gtech fecharem contratos, conversou 49 vezes, por telefone, com Rogério Tadeu Buratti, mas negou que os dois tenham negociado a renovação do contrato da Gtech com a Caixa.

O advogado prestou serviços à Gtech --empresa especializada em informatização de loterias-- e é acusado de ser o principal intermediário no contato de Buratti com CEF para a renovação de um contrato de R$ 260 milhões.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre Enrico Gianelli
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